Audiência com a mãe e padrasto de Sophia, morta em janeiro deste ano, foi suspensa, mas todos os depoimentos colhidos serão válidos Audiência foi suspensa e deve ser retomada na sexta-feira (26).
Lorena Segala/TV Morena
Nesta sexta-feira (19) foi realizada a 2ª audiência de instrução do Caso Sophia, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande. Ao todo, estavam previstos os depoimentos de quatro testemunhas de acusação e outras onze de defesa, no entanto, após suspensão da audiência nem todos foram ouvidos.
“Matar não, mas acredito que ela foi omissa. Se ela tava por algum problema, se a Sophia tinha hematoma, alguma coisa, ela tinha que ter feito alguma coisa, devia ter falado”, declarou Cybelle Amaral Pires, testemunha de defesa da mãe de Sophia.
Amiga de Stephanie de Jesus Da Silva, acusada por omissão e homicídio doloso da filha, Cybelle era madrinha da menina morta em janeiro deste ano e foi uma das testemunhas ouvidas nesta tarde.
Em depoimento, Cybelle disse que Stephanie “era outra pessoa” antes de conhecer Christian. Ela não soube dizer se a mãe sofria algum tipo de violência do namorado, mas que depois de terem mudado de casa e irem morar juntos, a amiga teria se afastado dos conhecidos.
“Não conversava nem pelo celular mais, era difícil. Eu perguntava da Sophia, se tava tudo bem, ela falava que sim e não tinha muito papo. Era pouca coisa que ela falava. Ela se afastou bastante”, declarou.
Sobre o relacionamento da amiga com Sophia, a testemunha disse que Stephanie cuidava bem da menina, mas que já tinha presenciado a criança recusar voltar para a casa da mãe.
“Sempre cuidou muito bem da Sophia, era uma mãe carinhosa. O comportamento da Sophia com a mãe era normal, só um dia que ela estava na casa da avó e não queria ir embora para casa”, contou.
Questionada sobre já ter presenciado cenas de violência contra a criança, Cybelle afirmou nunca ter visto o padrasto bater na afilhada.
“Eu nunca vi ele agredir ela. A gente via eles brincando, era tudo normal. Não sei nada sobre o suposto estupro”.
No entanto, a madrinha declarou que percebeu medo das crianças, em relação a Christian.
“Eu lembro que ele falava com as crianças e elas obedeciam na hora. Elas demostravam medo, até o filho dele mesmo. Eles ficavam assustados e obedeciam ele na hora”, relatou.
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FONTE: Lapada Lapada