quarta-feira, fevereiro 5, 2025

TJ cita “profissionalismo” de facção e mantém prisão de “Patroa”

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a prisão domiciliar de Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, esposa de Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, principal líder de uma organização criminosa no Estado.

 

A decisão foi dada durante sessão realizada nesta quarta-feira (6). Os desembargadores seguiram por unanimidade o voto do relator, Rui Ramos.

 

Thaisa foi presa preventivamente no dia 22 de março quando foi alvo da Operação Ativo Oculto, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Civil e Polícia Militar.

 

A substituição da prisão preventiva para domiciliar foi concedida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, no mês passado.

 

Thaisa é acusada de ser a “Patroa” da organização criminosa e faria lavagem de dinheiro do crime.

 

Durante a audiência, a defesa sustentou que a denúncia não narra nenhum único delito de lavagem de capital praticado pela esposa de “Sandro Louco”.

 

“Não há necessidade de se manter presa uma mulher, mãe de três filhos, pelo fato de ser esposa de quem é”, afirmou o advogado Artur Osti. 

 

No voto, o relator citou, porém, o fato de Thaisa sequer exercer uma ocupação lícita. 

 

“Com relação a ocupação da acusada, nós não temos absolutamente nada a não ser a convivência ou a participação em organização criminosa e que embora com o seu líder preso e com as pessoas que já foram presas continua tendo atividade dentro do Estado. Então, não se trata de uma coisa de ‘fundo de quintal’. É algo que tem uma proporção enorme”, disse.

 

“A própria atividade dela, bem ou mau, mais ou menos, ou maior ou menor número, está satisfatoriamente demostrada, inclusive na denúncia”,  acrescentou.

 

A operação

 

A Ativo Oculto desarticulou os delitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores auferidos em decorrência da atividade da organização criminosa.

 

A primeira fase da operação, que teve Thaisa como alvo, ainda cumpriu 271 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária, bloqueio de bens e valores em Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D´ Oeste, Araputanga, Barra do Bugres, Arenápolis, Sinop e Rondonópolis. 

 

Também foram cumpridas ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e Rondônia. 

 

Já a segunda fase foi deflagrada no dia 2 de abril e prendeu a advogada de Sandro Louco e outras duas pessoas.

 



FONTE: Midia News

comando

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