Um motociclista que sofreu um acidente no bairro do Porto, em Cuiabá, pede uma indenização de R$ 50 mil do antigo hospital particular Sotrauma, hoje HBento, em razão de uma cirurgia que, segundo ele, quase o fez “perder o braço”. O médico que realizou a cirurgia, identificado como U.P.B., também foi acionado pelo paciente.
De acordo com informações do processo, o motociclista sofreu um acidente no bairro do Porto em março de 2021. A queda da moto acarretou um “corte profundo no braço direito, rompimento do tendão e fratura do braço direito do autor”.
O processo revela que o motociclista foi atendido no HBentorauma e teve que passar por uma cirurgia conduzida pelo médico. O procedimento, porém, não saiu como o esperado, fazendo com que o paciente ficasse com fragmentos de ossos e pedras dentro da ferida.
“E para piorar a situação, em razão do impacto sofrido no acidente, o autor fora laçando de sua motocicleta ao chão, sofrendo um corte profundo no braço direito, e por isto, pedras do chão entraram no ferimento. Mas, apesar de todo o procedimento cirúrgico, limpeza e sutura, realizados pelo 2º requerido, as pedras e os fragmentos de ossos, que estavam dentro do braço não foram retirados pelo médico”, dizem os autos.
Os restos de ossos e pedras, não retirados na cirurgia, infeccionaram o braço do paciente, que quase perdeu o membro, além de ser obrigado a se afastar do emprego. “E com o passar dos dias, a infecção piorou demasiadamente, então, o autor procurou, novamente, teve que ser internado novamente, no mesmo hospital, onde inclusive, fora acometido de Covid, mas a infecção no braço direito piorou”, queixa-se o motociclista.
O caso está sob análise da juíza da 4ª Vara Cível de Cuiabá, Vandymara G.R. Paiva Zanolo. A magistrada negou o pedido de citação por edital do médico U.P.B. por supostamente não ter sido encontrado para ser intimado.
Em até 15 dias o motociclista deve informar se obteve êxito na citação. Só após o processo entra na fase de produção de provas para, ao final, condenar ou absolver o hospital e o médico.
FONTE: Folha Max