“Não tem cabimento; é desejo de gente descolada da realidade”, diz Mauro sobre intervenção

Gustavo Castro e Vitória Gomes

Mídia News

O governador Mauro Mendes (União) criticou nesta quinta-feira (3) os pedidos de intervenção militar por parte dos bolsonaristas que protestam contra o resultado das eleições presidenciais no último domingo (30), que deu a vitória ao ex-presidente Lula (PT).

Para Mendes, manifestantes que pedem a volta da ditadura está “descolado” da realidade e que a manifestação do desejo não tem “âncora em nenhuma realidade”.

“Não tem menor cabimento. É uma manifestação de um desejo que não tem âncora em nenhuma realidade, não tem âncora na verdade. É o desejo de algumas pessoas e eu lamento que elas estejam descoladas da realidade, da verdade e da legalidade”, disse o governador.

O chefe do Executivo estadual ainda criticou os bloqueios das rodovias promovidos pela militância bolsonarista. Para o governador, o ato de protesto é democrático, ainda que impulsionado por um questionamento do resultado de uma eleição. Contudo, Mendes afirmou que deve ser respeitado o direito de ir e vir da população.

“Prostestos, se eles são feitos dentro da lei com ordem e respeito, são sempre compreendidos, interpretados e respeitados. Não pode ceder. Não pode tirar o direito das outras pessoas para reivindicar o seu direito”, afirmou.

“Porque se você tira o direito dos outros para reinvindicar o seu, que moral você tem pra fazer isso? Eu não posso concordar e não concordo”, acrescentou.

Os atos dos bolsonaristas em todo o Brasil já duram quatro dias. Em diversos estados os apoiadores do presidente fecharam rodovias como parte dos protestos contra a vitória de Lula.

 Ação da polícia

O governador afirmou que as forças de segurança começarão a agir de forma mais efetiva para retirar os manifestantes dos bloqueios das rodovias de Mato Grosso. 

Mendes afirmou que houve compreensão nos dois primeiros dias das ações, mas o limite já foi ultrapassado. Por conta disso, a partir de agora, se não houver os desbloqueios das rodovias, haverá ação das forças policiais.

“Tivemos um pouco de compreensão no primeiro e segundo dia. A partir daí teve um limite. Desde ontem estamos atuando mais ativamente. No Trevo do Lagarto nós fizemos apreensões de vários equipamentos que lá estavam e as pessoas provavelmente serão responsabilizadas pelo Ministério Público Federal. A ordem é: até o final do dia, aqueles que não sairam livremente, terão que ser retirados para garantir o direito da maioria”, garantiu.

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FONTE: SEMANA7

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