Juiz mantm presos lderes do CV que movimentaram milhes

 

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de revogação das prisões preventivas de três réus de uma ação penal derivada da Operação Mandatário, deflagrada em janeiro deste ano para desarticular uma organização criminosa pertencente ao Comando Vermelho, em Mato Grosso. De acordo com o magistrado, a manutenção das detenções de Filipe Antônio Bruschi, Jonas Souza Gonçalves Junior e Vithor Hugo Dragoni Duarte é necessária para garantia da ordem pública. 

De acordo com a decisão, os três tiveram a prisão preventiva decretada em 12 de janeiro deste ano. Filipe Antônio Bruschi, conhecido como Loirão ou Boneco, seria o responsável pela arrecadação do dinheiro proveniente dos lucros do tráfico de drogas. Ele seria uma espécie de braço direito de Jonas Souza Gonçalves Junior, o Batman, preso em 2018, durante a Operação Red Money. 

Segundo a investigação, mesmo recluso, Batman manteria o controle da facção de dentro do presídio. Ele seria o responsável por comandar, juntamente com outros líderes, pelo menos 14 municípios do estado. Cabia a ele, por exemplo, o recolhimento das taxas compulsórias e a divisão dos valores arrecadados com a venda de drogas. 

O terceiro réu que teve o pedido de revogação de prisão preventiva negado foi Vithor Hugo Dragoni Duarte, o Dragoni. Ele seria o braço direito da organização criminosa em Chapada dos Guimarães e Campo Verde. Em um dos áudios obtidos pela polícia durante as investigações, em um celular que havia sido apreendido, Dragoni aparece cobrando uma terceira pessoa sobre dívidas relativas a drogas que seriam revendidas. 

“Ante o exposto, encontrando-se presentes as circunstâncias fáticas que justificaram a prisão preventiva dos acusados, não havendo alteração a ensejar sua revogação, nos termos do art. 316 do CPP, mantenho a segregação cautelar de Filipe Antonio Bruschi, Vithor Hugo Dragoni Duarte e Jonas Souza Gonçalves Junior”, diz a decisão.

Em outra decisão, mas também relacionada à mesma operação, o juiz manteve a prisão de Edvaldo Ricardo de Souza Almeida. Ele tinha a função de recolhedor e era responsável por organizar a contabilidade a ser apresentada aos líderes presos, em especial ao tesoureiro geral da facção criminosa, Jonas Souza Gonçalves Junior. 

Ele foi preso em 2020, quando foi flagrado com drogas, além de R$ 40.061,00 em dinheiro. Na ocasião, ele relatou aos policiais que realizaram a prisão que estaria realizando o “recolhe” de valores para a facção criminosa Comando Vermelho. Na mesma decisão, o magistrado determinou o desmembramento da ação penal, separando o processo entre réus presos e soltos. 

FONTE: Folha Max

comando

Sair da versão mobile