Já vi acontecer por aqui oposição a governo, o que é comum nas democracias, mas governo de oposição será a primeira vez.
Pensando bem, é lógico que isso aconteça neste momento de turbulência política no Brasil. Afinal, o que temos como futuro governo é uma troupe de comparsas em razão das intimidades e referências comuns com processos arquivados, raras condenações e, quem diria, absurdas descondenações dos crimes cometidos.
Não será lógico inexistirem surpresas com a montagem do eventual futuro governo a cada pronunciamento sobre a composição do ministério que o comporá?
Senão, vejamos o que já temos definido: Para a pasta da Fazenda um auto-declarado incompetente para o cargo e personificado como o poste nº 1 do sujeito ungido presidente pela dupla STE/STF, em clara demonstração de desprezo pelas leis que regem o país e por seu futuro como nação independente; para a Justiça e Segurança Pública, tudo junto e misturado, um comunista de carteirinha em consonância com a mesma e previsível estratégia; na Casa Civil, uma receita certa em reconhecimento aos serviços prestados durante a pandemia na “aplicação” dos recursos financeiros disponibilizados pelo governo federal; para a Defesa, um contumaz aprovador de contas da thurma e figurinha fácil em todo e qualquer governo, um verdadeiro camaleão e, por último a presidência do BNDES, sobre esse não vale a pena sequer tecer comentários, nem precisa, o mercado já deu seu recado.
Com isso, já dá para entender tudo mais que vem por aí.
É isso, nada mais que mais do mesmo, só que agora com os requintes autoritários do STF, isso de acordo com a parceria (não seria submissão?) sugerida pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública.
Pelo visto o já curvado Legislativo se postará de joelhos frente à acima anunciada parceria com uma novidade, o futuro chefe do Executivo sendo alçado a ajudante de ordens dos supremos, posto serem estes seus fiadores. Então, será que “o tal cara” não vai se submeter a quem o segura pelo rabo invertendo a lógica aplicada pelo STF ao atual Presidente da República desde que se entenderam como os croupiers das cartas do jogo? Será?
Enfim, tudo indica, teremos pela frente um governo de oposição à moral, ao civismo, ao patriotismo, aos bons costumes, à propriedade e segurança privadas, aos cultos religiosos, à liberdade de expressão e etc.
Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.
FONTE: Midia News