Reajuste de bolsas de graduação, pós e iniciação científica afetará 42 alunos da UFMT Araguaia

João Pedro Donadel

Da Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia nessa quinta-feira (16) o reajuste de bolsas de graduação, pós, iniciação científica e na Bolsa Permanência em todo o país.

Na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia (UFMT/CUA) 42 alunos serão afetados diretamente.

Segundo os dados da própria instituição, há 74 bolsas de inciação científica e mestrado distribuídas nas duas unidades, Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Destas, 32 são financiadas pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), que já sofreram reajustes.

Quanto às financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com fundos da união, a correção nos valores não acontecia desde 2013.

Entre as 42 bolsas CNPq na UFMT/CUA, são 30 de iniciação científica e 12 de mestrado. Os bolsistas de iniciação científica que recebiam R$ 400,00 passarão a receber R$ 700,00. Já os de mestrado recebiam R$ 1.500,00 e vão receber R$ 2.100,00 a partir de março.

As bolsas de iniciação científicas estão distribuídas da seguinte maneira: 8 do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS); 18 do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (Icet); 4 do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS).

Já as de mestrado estão distribuídas entre o Programa de Imunologia e Parasitologia Básicas e Aplicadas (PPGip) e Programa de Ciências de Materiais (PPGMat), com 6 em cada.

Impacto direto

Uma das bandeiras levantadas por Lula em sua campanha era o incentivo à pesquisa no país. Com o reajuste concedido, a visão de que “valorizar a ciência é investir no futuro” é posta em prática. A fala é do bolsista de iniciação científica do sexto período de Biomedicina, Jair José Rodrigues Souza.

Sua pesquisa consiste em compreender como uma citocina pró-inflamatória age na cicatrização de queimaduras de 2º grau. Seu grupo de pesquisa produz uma membrana de borracha natural com extrato dos frutos de copaíba. “Basicamente analiso a parte imunológica da cicatrização e faço um comparativo do nosso produto com os que estão disponíveis no mercado atualmente”, explica Jair.

O valor de R$ 400,00 que atualmente é pago representa, segundo o estudante, 20% de sua renda total por mês. Ele é bolsista desde setembro de 2022. Com o reajuste, o maior impacto será no transporte e em opções de lazer para que sua performance na pesquisa seja melhorada ao longo do tempo. “Acima de tudo, o reajuste me dá uma perspectiva, como pesquisador”, ressalta.

“Nosso trabalho exige uma alta dedicação do nosso tempo e se esse tempo não é valorizado, o governo passa a mensagem de que não se importa com o que tá sendo feito e não liga pro desenvolvimento”, acrescenta Jair.

Na visão do estudante de Biomedicina, o mínimo que se espera, assim como de qualquer outra profissão, é que seu esforço seja reconhecido com dignidade e não era isso que estava acontecendo com a pesquisa no Brasil.

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Secom-MT

FONTE: SEMANA7

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