Beto ensaia volta ao poder; a barreira pode ser Adilson

Redação

A recente troca de partido pelo ex-prefeito Roberto Farias, que deixou as fileiras do PSB para se agregar ao União Brasil (UB), sinaliza uma provável disputa pela sucessão municipal em Barra do Garças, o maior colégio eleitoral do Araguaia, com cerca de 40 mil eleitores.

Segundo a assessoria de Beto Farias, ele migrou às fileiras da UB a convite do governador Mauro Mendes. Esse seu gesto é corriqueiro entre líderes do interior, o de aderir a uma liderança de reconhecida magnitude para desse modo de manter em evidência política seu nome.

Beto foi prefeito de Barra do Garças por oito anos, em dois mandatos consecutivos (2013 a 2020). Ainda conforme dados de sua assessoria, ele deixou a prefeitura com um índice em torno de 80% de aprovação.

Poucos contestam essa assertiva, uma vez que é inegável que o ex-prefeito tenha conseguido feitos importantes para a cidade, que em sua gestão recebeu, entre outros, empresas importantes do ponto de vista econômico como Havan e supermercado Atacadão.

É natural que no arcabouço de seus propósitos de prefeito ele não tenha conseguido tudo que almejava ou mesmo dissera em campanha, o que às vezes pesa, ou se preferir, sublinha seu currículo como gestor. Prova disso, pode-se lembrar o fato lamentável de ter deixado os servidores público à espera oportuna de aumento salarial.

Precavido, mesmo que de primeira viagem, seu sucessor, Adilson Gonçalves (PSD), acudiu de pronto o reclame dos servidores, em um gesto de atenção significativo para a classe que, todos sabem, é quem atende aos barra-garcenses.

Soma-se mais um ponto para o delegado que saiu prefeito das urnas nas eleições municipais de 2020, a resolução de problemas crônicos, como a inauguração, ano passado, do anel viário que teve seu início no mandato da presidente Dilma Rousseff.

Esse rodoanel, construído no perímetro de Barra do Garças (além de Pontal do Araguaia e Aragarças, em Goiás), pôs fim ao trânsito pesado ao longo da avenida Ministro João Alberto, que corta essas três cidades, marcadas durante anos por congestionamentos e incontáveis acidentes.

Para fechar, a empreitada do microrrevestimento em dezenas de ruas trouxe de volta ao aspecto urbano da cidade certo grau de civilidade em substituição às crateras que estão sendo extintas pela camada asfáltica, a reforma do Hospital Municipal ‘Milton Morbeck’ e a retomada de construção das casas do Residencial Carvalho, que teve início na gestão de Beto mas, que somente agora parece que será resolvido com Adilson prefeito.

Por falar em moradia, Adilson já entregou até agora 1.500 títulos de propriedade a moradores de vários bairros da cidade e promete igual quantia até o término deste seu mandato.

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