O professor Adenilson Batista de Sousa Avila teve seu contrato temporário rescindido com a Escola Deputado João Evaristo Curvo, em Jauru, no dia 27 de outubro, após exibir ao alunos do 1º ano do Ensino Médio um filme considerado pelos pais como pornográfico.

A escolha desse filme foi embasada em sua riqueza histórica e antropológica, abordando a conexão humana com o ambiente
A obra em questão foi “A Guerra do Fogo”, usado como material didático complementar. Sua classificação etária é para maiores de 14 anos.
Após a exibição do filme, pais iniciaram um movimento contra Adenilson.
O filme conta a história de uma tribo composta por membros que se comunicam por gestos e grunhidos e acreditam que o fogo é sobrenatural. Quando a fonte única de calor se apaga após um ataque, três guerreiros saem numa jornada em busca de outra chama e acabam conhecendo os Ivaka, grupo com hábitos avançados e comunicação complexa, além de domínio da produção do mítico fogo.
Produzido em 1981, o filme é dirigo pelo cineasta francês Jean-Jacques Annaud.
O Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público) se manifestou contra a decisão da Seduc-MT (Secretaria de Estado de Educação).
Segundo o sindicato, a Liberdade de Cátedra – direito constitucional fundamental que garante aos trabalhadores da educação a autonomia para conduzir suas atividades de ensino, permitindo o livre desenvolvimento do pensamento – foi “atacada de maneira vil e arbitrária, sem permitir ao profissional de ensino a oportunidade de esclarecer sua opção pedagógica perante a comunidade escolar”.
“A escolha desse filme foi embasada em sua riqueza histórica e antropológica, abordando a conexão humana com o ambiente, sua evolução ao longo do tempo e as transformações culturais em nossa relação com a natureza”, diz trecho de nota.
Outro lado
Procurada, a Seduc não se manifestou sobre o caso até o fechamento desta matéria.
FONTE: Midia News