sexta-feira, novembro 7, 2025

Presidente do STJ mantm chefo do CV em MT isolado em presdio

Chefo do CV em MT insiste para deixar raio dos

 

Presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a ministra Maria Thereza de Assis Moura negou agravo em recurso especial apresentado pela defesa de Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”. O fundador do Comando Vermelho em Mato Grosso tentava reverter decisão que negou saída do isolamento no Raio 8 da Penitenciária Central do Estado (PCE).

Desde março do ano passado, Sandro está isolado. A medida foi tomada para prevenir a comunicação do detento com outros membros da facção, bem como garantir a segurança dentro do presídio. A ministra pontuou que a defesa deixou de apresentar especificamente os fundamentos para mudança da decisão. E, segundo a Corte, não se conhecerá do agravo em recurso especial que “não tenha impugnado especificamente todos os fundamentos da decisão recorrida”.

“Ressalte-se que, em atenção ao princípio da dialeticidade recursal, a impugnação deve ser realizada de forma efetiva, concreta e pormenorizada, não sendo suficientes alegações genéricas ou relativas ao mérito da controvérsia”,

completou, não provendo o recurso. Sandro Louco está há quase um ano isolado na ala da penitenciária. Ele já cumpria pena por outros crimes e teve mais uma prisão preventiva decretada pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, em 17 de março de 2023, com a Operação Ativo Oculto, que foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil. A operação, na época, desarticulou as ações do CV em Mato Grosso, focando principalmente nas lideranças da facção.

O pedido de transferência de Sandro  para a ala comum do presídio já havia sido negado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, também sob a alegação de que o isolamento tinha como finalidade “garantir a ordem pública”, considerando a gravidade das imputações e a importância do seu papel dentro da facção no Estado. Na época, a defesa de Sandro entrou com embargos de declaração alegando omissão e pedindo que a Justiça esclarecesse por quanto tempo o acusado seria submetido ao “regime de isolamento” e se neste período haveria reavaliação sobre sua permanência neste regime. Em fevereiro, o ministro do STJ, Joel Ilan Paciornik, também negou o pedido.

 

FONTE: Folha Max

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