Montagem/Rdnews
Militares durante a reconstituição do dia em que o aluno Lucas Veloso morreu afogado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá
A Corregedoria do Corpo de Bombeiros concluiu o Inquérito Policial Militar que investigava a morte do aluno Lucas Veloso Peres, de 27 anos, em 27 de fevereiro, durante treinamento na Lagoa Trevisan em Cuiabá, e indiciou o capitão Daniel Alves, conhecido como “D. Alves”, o soldado Kayke e outro bombeiro (que ainda não teve o nome revelado) por crimes militares. Ainda não há detalhes sobre quais são as tipificações.
“O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso encaminhou, nesta quarta-feira (15.05), o resultado do Inquérito Policial Militar do caso Lucas Veloso Peres a 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar Estadual. O inquérito, finalizado na terça-feira (14.05), concluiu que há indícios de crime militar na conduta dos três bombeiros investigados”, diz trecho da nota do Corpo de Bombeiros.
O caso, que tramita em sigilo, passa a ser conduzido agora pelo Ministério Público Estadual.
O inquérito será analisado pelo promotor Paulo Henrique Amaral Motta, que irá decidir se denuncia ou não os militares. O caso tramita na 11ª Vara da Justiça Militar, comandada pelo juiz Marcos Faleiros. Os militares também devem responder a procedimentos administrativos.
D. Alves ministrava o curso de formação de salvamento aquático no dia do afogamento. Lucas Veloso chegou a ser levado ao Hospital H-Bento, onde não resistiu e veio a óbito. Ele foi enterrado em Caiapônia (GO).
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Investigação
A investigação, feita pela Corregedoria-Geral dos Bombeiros, começou em março deste ano, na sede da Diretoria de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Foram ouvidos o capitão e o soldado, além de outros alunos e testemunhas do caso.
No dia 12 de abril deste ano, foi marcada a reconstituição dos eventos do dia da morte de Lucas. As atividades foram feitas sob forte esquema de segurança, para garantir o sigilo dos trabalhos e a imprensa não pôde acompanhar.
O caso
Lucas Veloso era natural de Goiás e estava fazendo uma aula de salvamento aquático quando teria se afogado. A vítima foi levada ao Hospital H-Bento, onde não resistiu e veio a óbito. Ele foi enterrado em Caiapônia (GO).
Lucas não é o primeiro aluno a morrer durante um treinamento dos Bombeiros. Em 2016, o aluno Rodrigo Claro morreu durante atividades aquáticas, também na Lagoa Trevisan. A responsável pelo treinamento, a tenente Izadora Ledur, foi acusada de maus-tratos contra Rodrigo, mas teve a condenação prescrita.
FONTE: RDNEWS