Fávaro diz que possível CPI do Arroz não pode ser usada para fazer politicagem | RDNEWS

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) disse que não vê problema em uma possível instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o leilão   para compra de arroz importado, cancelado pelo Governo Federal após suspeita de corrupção. No entanto,  ressalta que ela não pode ser utilizada como instrumento de politicagem.

Caroline De Vita

“A CPI é o instrumento das minorias. Eu sou um parlamentar, é um instrumento constitucional. A única coisa que não precisa é fazer uma CPI para palanque politiqueiro, fazer politicagem. O dever do parlamentar é investigar, cobrar, todas as atuações”, disse.

Fávaro está no centro da polêmica envolvendo o leilão para a compra de 263 mil toneladas de arroz. O certame foi anulado por supostas irregularidades, entre elas,  o fato da empresa ASR Locação de Veículos e Máquinas, responsável por arrematar nove dos 15 lotes de arroz do leilão, ser representada pela Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso e pela corretora Focus, ambas pertencentes a Robson Luiz Almeida de França, ex-assessor  de Neri Geller, que até então era secretário de Política Agrícola  do Mapa e foi exonerado   após o escândalo vir à tona.  

O escândalo foi um “prato cheio” para a oposição, que tenta instaurar uma CPI com o objetivo de destituir o ministro do cargo.

No último dia 19 de junho, Fávaro participou de   sabatina na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o caso.

O ministro afirma que não precisa nem ser convocado para prestar esclarecimentos em uma CPI, que ele mesmo faz questão de responder todas as dúvidas sobre o leilão.

“Eu não preciso ser convocado para ir a comissão de Agricultura ou qualquer outra comissão do parlamento. Eu me ofereço, vou respeitosamente para debater e eu respeito o parlamento”, garantiu Fávaro.

Entenda o caso

O Governo Federal, por meio da Conab, havia adquirido, em junho, 263 mil toneladas de arroz importado em um leilão público – o que corresponde a 88% do pedido inicial, que era de 300 mil toneladas. As negociações ocorreram após as enchentes no Rio Grande do Sul, mesmo o Governo tendo anunciado que teria arroz suficiente em estoque, a fim de garantir a regulação do mercado.

O produto foi adquirido por R$ 25, o pacote de 5 kg, e deveria chegar na mesa do consumidor final por R$ 20 (ou seja, R$ 4 por 1 kg).

Acontece que o Governo Federal voltou atrás e anulou o leilão, sob justificativa de que há indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.  Na última quarta (03), Fávaro declarou que o leilão não é mais necessário porque o preço do arroz está normalizado no país.

FONTE: RDNEWS

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