Ativistas paralisam aeroporto de Frankfurt com invaso

 

A operação do aeroporto de Frankfurt, o mais movimentado da Alemanha, foi paralisada na madrugada desta quinta-feira, 25, após o grupo de ativistas do clima Die Letzte Generation (A Última Geração) invadir as pistas de decolagem em um protesto contra o uso de combustíveis fósseis.

“A contínua extração e queima de petróleo, gás e carvão é uma ameaça à nossa existência”, escreveu o grupo nas redes sociais. Os ativistas afirmam que a indústria da aviação, em especial os jatos privados e voos domésticos, são grandes responsáveis pela queima de combustíveis fósseis. Somente o aeroporto de Frankfurt recebe cerca de 150 mil passageiros diariamente.

“Estamos protestando contra isso com a campanha global Petróleo Mata nos aeroportos”, diz a organização em seu site.

Ao menos 140 voos foram suspensos ou cancelados até o momento e oito ativistas foram detidos. Daniel Koop, da DW, relatou filas “enormes” e atrasos à medida que o tráfego voltava a fluir.

Em nota publicada na manhã desta quinta-feira, a administração do aeroporto disse que os voos estavam sendo “retomados gradualmente”, mas pediu para os viajantes verificarem o status da viagem com a companhia aérea.

O protesto teve início por volta de 5h e as pistas de pouso e decolagem foram liberadas pouco antes das 8h no horário local, mas outros cancelamentos e atrasos ainda são esperados.

Ativistas prometem uma onda de protestos

O protesto faz parte de uma série de manifestações anunciadas pelo ‘A Última Geração’ na última semana. Na quarta-feira, 24, os ativistas também paralisaram as pistas de decolagem do aeroporto de Colônia/Bonn, na Alemanha.

No mesmo dia, um grupo de 12 manifestantes rompeu uma cerca no aeroporto de Oslo, na Noruega. Em Heathrow, Londres, nove ativistas do grupo Just Stop Oil foram detidos em ação semelhante. Espanha e Finlândia também registraram protestos. Os manifstantes se recusaram a comentar se teriam como alvo os próximos Jogos Olímpicos em Paris.

O grupo ‘A Última Geração’ on foi formado em 2021 e o nome é uma alusão ao fato de que os ativistas se consideram a última geração capaz de impedir que a Terra atinja o ponto de inflexão para o colapso climático. Na Alemanha, os protestos se concentraram principalmente no bloqueio de estradas e pistas de pouso, em um esforço para afetar a política de transporte.

 

No mês passado, os especialistas alertaram que é quase certo que a Alemanha não atingirá suas metas climáticas para 2030, que prevêem o corte de 65% das emissões.

 

 

FONTE: Folha Max

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