A deputada estadual Janaina Riva (MDB) negou a possibilidade de se tornar oposição ao governador Mauro Mendes (União Brasil) após ser obrigada a recuar da candidatura à 1ª Secretaria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa por suposto veto do Palácio Paiaguás. A emedebista chegou a disputar a indicação com o Beto Dois a Um (União Brasil), mas ambos ficaram fora da composição da chapa presidida por Max Russi (PSB).
Gabriel Rodrigues
A possibilidade da emedebista virar oposição foi declara pelo pai dela, o ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva. Em ntrevista ao PodOlhar, Riva afirmou que existia uma pressão para que deputados votassem em Beto Dois a Um e, mesmo dizendo que não acreditava que estivesse sendo feita pelo governador, a situação levaria a filha para oposição.
“A conversa se aventou, mas nunca saiu da minha boca. É mania de homem de querer falar pela mulher. Eu vi o Paulo [Araújo] falando, vi meu pai falando e quem fala por mim sou eu mesma. Eu não deixei de acreditar no governo de um dia para o outro. Governo segue e nós nos mantemos dentro do partido apoiando o governo até que se prove o contrário que o caminho está errado. Até então, o caminho está certo”, disse Janaina à imprensa, na noite de segunda-feira (5).
Após o embate entre Janaina e Beto Dois a Um, a Assembleia Legislativa chegou a um nome em consenso, o do deputado Dr. João (MDB) para 1º secretário. Com isso, a chapa única que disputará a eleição da Mesa Diretora da AL na quarta-feira (7) ficou com Max Russi (PSB) disputando o cargo de presidente, Júlio Campos (União) como 1º vice-presidente, Gilberto Cattani (PL) para 2º vice-presidente, Wilson Santos (PSD) para 3º vice-presidente, Dr. João (MDB) 1º secretário, Paulo Araújo (PP) para 2º secretário, Diego Guimarães (Republicanos) como 3º secretário, Elizeu Nascimento (PL) 4º secretário, Fábio Tardin (PSB) para 5º secretário e Juca do Guaraná (MDB) para 6º secretário. Tanto Janaina quanto Beto Dois a Um ficaram de fora da composição.
O cargo de 1º secretário é o segundo mais importante da Mesa Diretora, ficando atrás somente da presidência. É ele quem fica responsável pelo orçamento do Legislativo estadual, que hoje gira em torno de R$ 800 milhões neste ano.
Apesar da situação, Janaina diz que mantém o projeto ao Senado para 2026 porque é um projeto do partido e que, sem dúvidas o cargo de 1ª secretária e até mesmo de presidente da Mesa Diretora lhe daria mais notoriedade para a disputa. No entanto, não acredita que “fritaram” a candidatura dela, mas sim como um movimento natural que talvez até ela teria feito se fosse necessário.
“Eu gostaria até de ser presidente, acho que seria até mais fácil ainda de construir, mas não sendo possível é fazer do limão uma limonada. Não tem como fritar [a candidatura à 1ª Secretaria]. É um movimento natural. Eu tenho um partido e o meu partido me apoia. Como eu digo, é um jogo político, talvez no lugar dos outros eu faria o mesmo. Eu não sei dimensionar isso”, argumentou a emedebista.
Caso o projeto político de 2026 seja concretizado, Janaina deverá disputar justamente com Mauro Mendes uma das duas vagas que estarão disponíveis no Senado. Além dos dois, o senador Jayme Campos (União Brasil), também se articula para disputar à reeleição.
FONTE: RDNEWS