“Criaram uma história de que VG não tem água; não é verdade”

Tentando a reeleição em Várzea Grande, o prefeito Kalil Baracat (MDB) afirmou que um dos focos de um eventual segunda mandato será a resolução do problema de falta de água que persiste, segundo ele, em alguns bairros do município.

 

Em entrevista ao MidiaNews, Kalil lembrou que essa foi uma promessa na eleição de 2020 e que fez grandes avanços no abastecimento da cidade ao longo dos últimos quatro anos, tornando os problemas “pontuais”. 

 

Havia um problema crônico na cidade e a gente nunca o escondeu. Só que hoje os problemas são pontuais

“Criou-se uma história que Várzea Grande é como se fosse um deserto, que não tem água e todo mundo morre de sede. Não é verdade. Havia um problema crônico na cidade e a gente nunca o escondeu. Só que hoje os problemas são pontuais”, afirmou.

 

Diminuímos muito o intervalo de abastecimento e o objetivo da administração, e o que tem sido planejado, é de ter água no mínimo dia sim, dia não, na casa do morador de Várzea Grande”, acrescentou.

 

O prefeito ainda falou sobre a privatização do DAE (Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande). Disse que, caso seja reeleito, primeiro vai executar todos os recursos que já foram garantidos pelo município para o setor e somente depois pensará em uma eventual privatização.

 

Ao longo da entrevista, Kalil também falou sobre Saúde em Várzea Grande e dos planos para combate à facções criminosas, e rebateu as críticas que vem recebendo da adversária na disputa, Flávia Moretti (PL).

  

Confira os principais trechos da entrevista:

 

  

MidiaNews – Por que o senhor merece mais 4 anos de mandato? 

 

Kalil Baracat – Fui eleito em 2020, tomei posse em 2021 e assumimos grandes desafios. O primeiro deles foi a pandemia. E o meu maior compromisso, à época do pleito eleitoral, foi resolver o problema da água.

 

Mediante a todos os desafios que assumi, eu e minha equipe nos dedicamos muito a entregar resultados positivos a essa cidade. Fiz investimentos nunca vistos e projetos importantes para a Várzea Grande. E eu quero dar continuidade a tudo isso que foi planejado, que vem sendo executado e o que estamos pensando para a cidade. É por isso que quero ser prefeito. 

 

MidiaNews – Você pode citar três projetos de grande relevância?

 

Victor Ostetti/MidiaNews

Candidato à reeleição: “Vamos discutir Várzea Grande e qual que é a verdadeira vocação da cidade”

Kalil Baracat – Nosso maior desafio para o próximo mandato é discutirmos o desenvolvimento econômico e social da cidade, que abrange todas as áreas. 

 

Vamos discutir Várzea Grande e qual que é a verdadeira vocação da cidade. Temos entroncamentos construídos com o Governo do Estado, que é a Rodovia dos Imigrantes, o Rodoanel, onde vamos constituir um novo distrito industrial, inaugurar o parque tecnológico. Vamos apostar no desenvolvimento econômico da cidade. 

 

Está no nosso radar constituir o porto seco dentro do aeroporto internacional de Várzea Grande. São projetos comuns que vão fomentar a economia do município e preparar o município para que seja forte economicamente para as futuras gerações. 

  

MidiaNews – E o título de Cidade industrial?

 

Kalil Baracat – Já foi, perdeu o título. Várzea Grande tem uma posição estratégica e vamos usar essa posição para fomentar o desenvolvimento econômico. O progresso passa pela Várzea Grande a todo tempo. Passa na porta da cidade, na porta de casa. Vamos convidá-la a parar, fazer morada. E fazer com que o município se desenvolva. 

 

E a gente tendo esse município forte economicamente, teremos recursos para investir em todas as áreas: em infraestrutura, escolas, e saúde com melhor qualidade para a nossa população. Tudo isso está dentro do planejamento que fizemos desde o primeiro mandato, e que a gente tenta permanecer.

 

Eu fiz importantes investimentos na cidade, em todas as áreas e vou falar [durante a campanha] um pouquinho de tudo que fiz, e que eu pretendo fazer.

 

MidiaNews – Quando o senhor se elegeu em 2020 prometeu acabar com o problema da água em Várzea Grande. Porém, após mais de três anos, o problema não foi solucionado. Por que isso ainda não aconteceu? 

 

Victor Ostetti/MidiaNews

“Sou o prefeito que mais investiu no saneamento básico na cidade de Várzea Grande. E esse planejamento não se encerra por aqui”

Kalil Baracat – Criou-se uma história que Várzea Grande é como se fosse um deserto, que não tem água e todo mundo morre de sede. Não é verdade. Havia um problema crônico na cidade e a gente nunca o escondeu. Só que hoje os problemas são pontuais. Não podemos deixar de desconhecer que estamos passando por uma seca e queimadas ao longo dos anos… E o Pantanal não enche como antigamente. As chuvas não acontecem como antigamente. 

 

O nível do Rio Cuiabá baixou, tivemos que descer as bombas quase encostando nas pedras para poder manter o abastecimento. “Ah, mas tem o rio que abastece”. Só que com esse período de seca, não consegue.

 

Sou prefeito e construí três estações de tratamento de água, com investimento de mais de R$ 100 milhões. Duas delas já foram entregues e vou entregar a terceira nos próximos dias.

 

Quando assumimos a Prefeitura, tínhamos três estações de tratamento e vamos dobrar o número de estações. Tudo isso é planejamento. 

 

Obras de Infraestrutura, obras de saneamento básico, não é um passe de mágica. É preciso planejamento. São obras que geram transtorno. E obras dessa magnitude acontecem certas dificuldades. Mas estamos cumprindo nosso compromisso. 

 

Aí, volto a repetir: Sou o prefeito que mais investiu no saneamento básico na cidade de Várzea Grande. E esse planejamento não se encerra por aqui. 

 

“Mesmo depois dessas ETAs funcionando não resolver o problema”, dirão. E eu concordo. Mas nós diminuímos os intervalos. Tinha bairros que faltava água por 15 dias. Hoje, nós diminuímos para duas vezes por semana, para o abastecimento em dia sim, dia não.

 

Tem bairros que recebem água todos os dias. E agora vamos investir na recuperação, na implantação de redes novas, na hidrometração. 

 

MidiaNews – Não é isso que a gente ouve da população, que vai às redes sociais e mostra vídeos de gente que ganha dinheiro com a falta de água…

 

Kalil Baracat – Diminuiu o número de reclamações. Antigamente, os veículos de comunicação batiam em mim a todo momento e vocês podem notar o quanto diminuiu a cobrança do saneamento básico. 

 

Mas não deixei de admitir que ainda existe problema, mas são pontuais. Tem ruas que existem problemas, tem ruas que não existem. Tem ruas que a água chega só na torneira, mas tem ruas que a água chega na caixa, com pressão. Os problemas vão ser corrigidos com esses investimentos que estão sendo previstos. 

 

Uma cidade com 157 anos, você não resolve problemas de saneamento básico do dia para a noite. Tenho as parcerias necessárias e agradeço as parcerias. O Governo Federal, com o Governo do Estado, com a bancada federal, com os senadores, com a Câmara Federal, com a Assembleia Legislativa e com a Câmara Municipal.

  

 

MidiaNews – E se reeleito, se compromete a zerar a falta de água que algumas pessoas ainda relatam?

 

Kalil Baracat – Diminuímos muito o intervalo de abastecimento e o objetivo da administração, e o que tem sido planejado, é de ter água no mínimo dia sim, dia não, na casa do morador de Várzea Grande.

 

Tem muitas casas que precisam fazer hidrometração. Antigamente, como não tinha as estações funcionando, as redes não ficavam pressurizadas, hoje elas ficam. E quando se libera a água acabam rompendo as adutoras, encanamentos, por isso é preciso ser feito a recuperação para diminuir as perdas e o desperdício.

 

Ontem eu estava andando pela cidade e vi um cidadão lavando a calçada. Não posso afirmar que ele estava usando a água oferecida pelo Departamento de Águas e Esgoto de Várzea Grande, mas na cabeça, o que vem é que é um despedido se lavando a calçada.

 

MidiaNews – O DAE tem uma dívida de R$ 100 milhões e diversos políticos defendem privatizá-la para quitar a pendência e aprimorar o serviço. Acha que a privatização pode ser uma saída?

 

Kalil Baracat – Temos recursos ainda do Governo Federal na ordem de R$ 85 milhões, de 2013, que a Caixa Econômica não aceitou reajustar os valores. E teríamos que fazer um aporte financeiro de R$ 15 milhões da Fonte 100 para garantir os recursos. E esses recursos estão destinados à construção de uma estação de tratamento de esgoto no bairro Santa Maria. Vão ser atendidas mais de 60 mil unidades habitacionais. Não podemos perder esses recursos.

 

E nós também temos planos de trabalhos aprovados no Ministério das Cidades de R$ 270 milhões. Depois desses recursos executados, se necessitar de investimentos, não tem problema nenhum em discutir com a sociedade, fazer uma pesquisa da opinião pública. 

 

Se o entendimento for pela privatização, ou qualquer outra modelagem, não tem dificuldade nenhuma. Agora, eu precisava dar uma resposta à Várzea Grande.

 

MidiaNews – Isso depois de executar esses recursos?

 

Kalil Baracat – Isso. Tenho recursos através de financiamentos. Fiz agora um financiamento com a Caixa Econômica de R$ 150 milhares, porque em Várzea Grande não tinha Mercado Municipal. Emiti a ordem de serviço e estamos construindo. Várzea Grande não tinha Rodoviária, fui lá e licitei. A licitação está na rua. 

 

Tem R$ 30 milhões de investimentos na recuperação dos encanamentos. Tem recursos para pavimentação asfáltica, tem recursos para a recuperação da malha viária. Então, temos recursos já destinados a várias obras dentro do município. 

 

Vamos colocar Várzea Grande em posição de destaque de novo, com tudo que está sendo planejado. E os próximos prefeitos vão dar continuidade até para a modernização de vários ambientes dentro da cidade. 

 

MidiaNews – Várzea Grande é servida por duas UPAs: Ipase e Cristo Rei. Além disso, o pronto-socorro não é referência de atendimento, já que há reclamação generalizada sobre a má qualidade do atendimento. Não considera que faltou investimentos na Saúde?

 

Kalil Baracat – Eu desconheço essa sua pergunta.

 

 

MidiaNews – Não há reclamações quanto ao serviço da Saúde da cidade?

 

Kalil Baracat – Qual hospital público ou particular não tem reclamação? A reclamação é por que você chega e está lotadoo hospital público, mas o hospital particular não é diferente. 

 

Qualquer hospital, de qualquer convênio que você tenha, vai esperar uma hora ou duas horas. A saúde pública do Brasil tem desafios. Agora, buscamos de todas as maneiras descentralizamos. Fizemos atendimentos em massa, zeramos as filas ortopédicas dentro do Pronto Socorro, tiramos um programa que existia lá dentro, que era a Rede Cegonha, construímos uma maternidade, que já nasceram mais de 4.500 crianças.

 

Temos um planejamento e cadastramos dentro do PAC para construir a primeira maternidade pública municipal do Estado de Mato Grosso. E não tem investimentos? Fizemos através do Fila Zero, em 30 dias, mais de 700 cirurgias eletivas dentro do pronto-socorro. 

 

Em 10 dias corrido, fizemos 80 cirurgias. Nós estamos trabalhando. Agora, Jesus Cristo não agradou todo mundo. Às vezes, tem pessoas que não saem contentes, mas tem muitas pessoas que saem contentes com o serviço que estão sendo ofertado. E Várzea Grande atende de 45% a 50% no interior do estado. Como Cuiabá também atende.

  

Saiu uma pesquisa das cidades mais seguras do centro-oeste e Várzea Grande saiu em primeiro lugar

MidiaNews – Acha que o mau atendimento da saúde de Cuiabá afeta ou sobrecarrega Várzea Grande?

 

Kalil Baracat – Não vou falar de Cuiabá. O que posso te garantir é que é uma via de mão dupla. Atendemos Cuiabá e Cuiabá atende Várzea Grande. As duas cidades se comunicam o tempo todo, são cidades irmãs, são unidas pelo rio, e não separadas.

 

E o pronto-socorro de Várzea Grande é o único hospital porta aberta do estado de Mato Grosso.

 

MidiaNews – Um dos grandes problemas do país é o avanço das facções criminosas. E a gente sabe que, em Várzea Grande, elas estão presentes. Em alguns casos, assumindo o papel social de assistencialismo. Como resolver, ou minimizar, esse problema?

 

Kalil Baracat – Saiu uma pesquisa das cidades mais seguras do centro-oeste e Várzea Grande saiu em primeiro lugar*. Em 2023, Várzea Grande foi parabenizada porque não registramos uma morte de mulher. Fazemos o dever de casa. Estou ampliando o efetivo da Guarda Militar, que trabalha em conjunto com a Polícia Militar, Civil e Polícia Federal. 

 

Agora, em relação às facções, tem que ser feito o combate, mas temos que fazer o combate de que maneira? Como estamos fazendo. Eu, quando assumi a prefeitura, tínhamos 24 escolas em tempo ampliado. Quase dobramos e temos 45 escolas em tempo ampliado. 

 

Estamos melhorando nossa educação, fazendo com que nossos alunos permaneçam dentro da sala de aula, fazendo cursos de preparação, fazendo cursos de qualificação… Fizemos um projeto muito importante dentro da assistência social que é a Casa de Sarita, que lembra o nome da minha avó, que foi idealizada pela primeira-dama Kika Dorileo.

 

Lá já foram atendidas em um ano de funcionamento mais de 11.510 mulheres. Lá você tem qualificação, atendimento psicológico, atendimento na educação. Os depoimentos que a gente escuta dentro da Casa de Sarita são formidáveis.

    

*Dados referentes ao Anuário Cidades Mais Seguras do Brasil, um indicador do MySide. Várzea Grande aparece como a mais segura do Centro Oeste no ano de 2022, com 14,1 assassinatos a cada 100 mil habitantes.

 

MidiaNews – Esse avanço das organizações criminosas faz com que eles ajam como um “estado paralelo”, fazem assistencialismo com entregas de cestas básicas e até ovos de páscoa. O senhor tem projetos voltados para a área social?

 

Kalil Baracat – Ocupando os espaços. Construindo praças públicas, tendo o Poder Público presente, a assistência social vai atuar em todas as áreas. Mas você já foi nesses eventos?

 

Eu já ouvi falar. O que o Poder Público vai fazer é estar próximo. Onde tem esse vácuo, vamos preencher e levar esse serviço de qualidade e fazer políticas públicas, principalmente para os nossos jovens para esse caminho da criminalidade. 

 

MidiaNews – A candidata Flávia Moretti e o seu vice, o empresário Tião da Zaeli, costumam dizer que o senhor é uma espécie de funcionário da família Campos. Em algumas entrevistas, te acusaram de ser “o gerente” do senador Jayme Campos. Como rebate essas críticas?

 

Kalil Baracat – É um desrespeito aos gerentes das empresas, com o trabalhador. Primeiro: eu nunca trabalhei para os Campos. Eu fui eleito com 50.918 votos. Para ser o quê? 

 

MidiaNews – Gestor da cidade?

 

Kalil Baracat – A sua resposta responde a crítica deles. Eu fui eleito para ser o gestor da cidade! E estou lá para aplicar corretamente os recursos, para cuidar da cidade. E governo para mais de 300 militantes, pois ainda estou em exercícios de mandato. Veja quanta coisa boa entreguei em Várzea Grande: três estações de tratamento de água, mas de 250 km de asfaltos novos, mais de 150 km de recapeamento, entreguei um projeto lindo que é a Casa de Sarita, constitui uma maternidade, consegui recursos para construir a primeira maternidade pública do Estado. Em parceria com o Governo do Estado iluminamos toda a cidade com lâmpadas LED, faltas poucos pontos. Fizemos praças esportivas, praças públicas e estamos fazendo vários investimentos em todas as áreas. 

 

Então, é dessa forma que eu sou o “gerente” da cidade. 

 

MidiaNews – O senhor foi chamado de “gerente dos Campos” pelo Tião, no sentido de que é o senador quem tem o poder de fazer nomeações dentro da prefeitura. Isso não acontece então?

 

Kalil Baracat – Preciso falar uma coisa referente ao senador Jayme Campos. Em 2023, ele aportou R$ 86 milhões em Várzea Grande, em 2024 ele aportou R$ 30 milhões. Quem é que não quer o apoio de um senador? Não preciso responder mais nada.

 

Ando a cidade toda, conheço toda a cidade, estudei em escola pública em Várzea Grande, todo mundo me conhece

MidiaNews – E vocês são aliados…

 

Kalil Baracat – Sim. Já que estamos em um grupo político que me elegeu em 2020, estão todos comigo. Dois adversários daquele ano estão me apoiando: o Emanuelzinho e o Flavio Frical.

 

Minha avó me ensinou algo muito importante: o adversário de hoje é o companheiro de amanhã. E é assim que aprendi a fazer política, respeitando os adversários, mas respeitando primeiro a minha cidade, que me deu um privilégio de ser prefeito e vereador.

 

Minha família tem serviço prestado em Várzea Grande, o grupo político que me apoia tem serviço prestado em Várzea Grande, e as pessoas que acreditam no Kalil Baracat tem um interesse em comum: o bem de Várzea Grande.

 

MidiaNews – Há comentários de que o senhor não se aproxima muito dos bairros, não faz essa visita de proximidade com os moradores. Isso procede? 

 

Kalil Baracat – Isso não é verdade. Ando a cidade toda, conheço toda a cidade, estudei em escola pública em Várzea Grande, todo mundo me conhece. Pego meu carro e ando sozinho por Várzea Grande. Sou nascido e criado em Várzea Grande. Conheço tudo quanto é canto dessa cidade. 

 

E como prefeito fiz investimento em todas as áreas da cidade. Ainda tem desafios, não posso deixar de demitir, mas nós vamos depositar todas as energias para vencer os desafios. Por isso deve ser mais uma crítica infundada e pejorativa. 

 

A crítica é construtiva, escuto e procuro corrigir. Quando não, eu nem dou bola. 

 

MidiaNews – Acha que esses adversários estão tentando por a pecha no senhor de um “prefeito mauricinho”? Esses dias em uma entrevista, a Flávia Moretti falou que o senhor tenta passar uma imagem de “bom moço”. Como analisa isso? É só para te atacar?

 

Kalil Baracat – Não tenho que dar satisfação a eles, o que faço ou deixo de fazer da minha vida. Agora, quem me conhece, quem trabalha comigo, quem me vê na rua, sabe o que faço. 

 

E volto a repetir: tenho que dar satisfação à população que me elegeu e que paga meu salário. Não existe “o” dono da cidade, o dono da cidade é o povo da cidade. E eu estou lá para trabalhar pelo povo de Várzea Grande.

 

MidiaNews –  Outra queixa da oposição –  e também de moradores – é a estagnação econômica da cidade.  Muitos dizem que a antiga Cidade Industrial parou no tempo. Como o senhor recebe esta critica?

 

Kalil Baracat – Não é que a cidade parou no tempo. Nós passamos por uma pandemia. Tivemos uma obra dentro da cidade. Só Várzea Grande foi prejudicada pelo VLT.

 

Várzea Grande sofreu. Quantas empresas fecharam na Avenida da FEB? Quantas vidas foram ceifadas?

Várzea Grande sofreu. Quantas empresas fecharam na Avenida da FEB? Quantas vidas foram ceifadas? Quanto desemprego? Várzea Grande pagou um preço alto. Ainda tivemos uma pandemia, onde todo mundo teve que se reinventar. Tudo isso prejudicou a economia do município.

 

E agora estamos buscando políticas públicas para melhorar a economia do município, gerando oportunidades. 

 

MidiaNews – Mas o senhor fala sobre o comércio em si, o que queria saber é sobre o setor industrial.

 

Kalil Baracat – Várias empresas foram embora e depois algumas voltaram. Vou dar um exemplo para você: a maior fábrica de refrigerante do Centro-Oeste está em Várzea Grande. A maior fábrica de carne do Brasil está em Várzea Grande. 70% dos grandes Centro de Distribuição de Mato Grosso estão na cidade, as maiores plantas frigoríficas estão no município.

 

Várzea Grande tem o maior número de revenda de automóveis, o maior número de lojas de autopeças. Várzea Grande tem muita coisa. É que se criou essa pecha – assim como se criou a questão da água – que Várzea Grande é insuficiente. 

 

Pelo contrário, Várzea Grande é autossuficiente e vem num crescimento muito bom. Em 2022, crescemos 15,4% e em 2023 crescemos 6,6%. 

 

E tem empresas que estão querendo vir para Várzea Grande, tanto é que está no nosso radar, a criação do Porto Seco, constituir um novo Distrito Industrial, o Parque Tecnológico, que é uma realidade.

 

MidiaNews – A respeito do setor industrial, a oposição tem classificado as indústrias da cidade como “heróis da resistência” por continuarem atuando sob condições precárias. Quais medidas adotou para atendê-las? Quais pretende implementar, caso seja reeleito?

 

Kalil Baracat – Não vejo empresas precárias lá. Os opositores têm que falar quais são as empresas precárias porque eu, como poder público, não posso interferir na sua empresa. Eu vou lá dar ordem a sua empresa? Não vou fazer isso. 

 

Não vejo empresas precárias lá. Os opositores têm que falar quais são as empresas precárias

Agora, o que estamos fazendo é o fortalecimento do comércio. Como não temos vocação para o agronegócio, pecuária, temos que focar em serviço, em trazer as empresas. E temos o alinhamento com o Governo do Estado, com o governador Mauro Mendes, junto ao secretário César Miranda, aonde vamos fazer a legislação dando segurança jurídica às empresas que vão vir e que vão se estabelecer em Várzea Grande. 

  

Agora, oque estamos fazendo é a qualificação da mão de obra, porque muitas empresas estão trazendo mão de obra de fora, porque, às vezes, a cidade não tem o que oferecer. 

 

MidiaNews – Assim que concluída totalmente a obra do BRT, acredita que o comércio vai voltar a ser aquecido ali naquela região? 

 

Kalil Baracat – A avenida tem ficado muito boa, o trânsito está fluindo, a obra está ficando bonita. Sem dúvida nenhuma, a cidade está ficando bonita, o comércio volta a fomentar, a fluir e vai gerar emprego e renda. 

 

Se você passar por lá, vai ver o quanto melhorou em todos os aspectos. Eu, desculpe minha falsa modéstia, tenho andado na rua o tempo todo e vejo o quanto melhorou e vamos melhorar mais ainda. 

 

Veja entrevista na íntegra:

 

FONTE: MIDIA NEWS

comando

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