Mulher e grvida do bafo em UPA e mostram salas vazias; PM ameniza

 

Vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher, revoltada, acusando profissionais da saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Morada do Ouro, em Cuiabá, de não atender a população. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio de nota disse que o caso do paciente não era grave e que após passar pela triagem por volta das 14h, foi chamado 14 vezes ao consultório médico às 18h30, mas não compareceu.

O caso foi registrado na tarde desta sexta-feira (13) e publicado na página  ‘Tá Querida’, no Instagram. Na filmagem, uma mulher visivelmente indignada aparece gritando que a unidade não tem médicos. Uma mulher gestante, com vestido de oncinha, aparece abrindo portas de três consultórios médicos que estão vazias. 

Na filmagem é possível ver que dois policiais militares aparecem para saber o que está acontecendo e apartar a situação. “To revoltada aqui na UPA da Morada do Ouro, desde 12h50 chamado os mesmos pacientes e não atende ninguém, não entra ninguém, achando que o povo é cachorro, o povo não é cachorro não, todo mundo que tá aqui paga [impostos] e queremos ser atendidos”, grita a paciente. 

A mulher em seguida passa a filmar os corredores do local e é possível ver vários pacientes aguardando por atendimento, entre eles, crianças, bebês, idosos e grávidas. “Tem gente lá fora passando mal, crianças, que falta de respeito é essa, que isso gente, tomem vergonha na cara. Só chamam as mesmas pessoas, só pode que é para ele poder dormir porque estamos aqui esperando. E eu vou mandar pro Programa do POP”, ameaçou a paciente. 

Por meio de nota, a SMS informou que o plantão diurno da UPA Morada do Ouro atendeu com quatro médicos clínicos-gerais, dois pediatras e um médico no box de emergência e que durante este período 230 pessoas foram atendidas na unidade. Alegou que devido à escala de 12h de trabalho, os médicos precisam ter 2h de descanso, o que sempre acontece de maneira escalonada. 

Explicou que no ato da gravação do vídeo, um clínico-geral e um pediatra estavam no momento do repouso e ressaltou que em casos de emergências, o médico é chamado mesmo durante o repouso. Sobre a demora no atendimento, esclareceu que consta no prontuário do paciente, ele deu entrada na unidade às 13h48 e às 14h02 foi chamado para passar para triagem, mas não compareceu à sala. Ao todo foi chamado cinco vezes e apenas na última vez, às 14h17 atendeu ao chamado e foi à sala da triagem. 

Foi classificado como verde, ou seja, pouco urgente. De acordo com o protocolo de Manchester, utilizado pelas UPAs, o tempo mínimo de espera de pacientes classificados como verde é de 4 horas, sem riscos ou danos à saúde. Sendo assim, às 18h36 o paciente foi chamado ao consultório médico, mas não compareceu. O paciente teria sido chamado pelo painel 14 vezes ao todo, sem sucesso. 



FONTE: Folha Max

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