O governador Mauro Mendes (UB) acredita que a polarização entre esquerda e direita irá prevalecer para as eleições gerais de 2026 e o Brasil, novamente, irá se dividir entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Canal Livre, da Bandeirantes, neste domingo (22), o gestor criticou a falta de responsabilidade dos eleitores ao eleger candidatos ‘outsiders’ e citou o exemplo que ocorre em São Paulo, com o coach Pablo Marçal (PRTB) estando entre os nomes com possibilidade de ir ao segundo turno.
Embora atualmente Jair Bolsonaro esteja inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros em 2021, Mendes crê que o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode reverter a sentença até 2026. “Bolsonaro ainda é um nome forte para 2026 e do outro lado Lula também é muito forte. Com o apoio de Bolsonaro vários candidatos estão se apresentando e têm tido boa performance, mas eu estou vendo que pelo andar da carruagem ambos irão se escolher. Nada que uma conversa no mundo jurídico [não resolva]. O que aquele Supremo [Tribunal Federal] já fez, o TSE, já fez e eu não duvido nada se reabilitarem o Bolsonaro para 2026 porque ele seria o melhor adversário para o Lula segundo alguns petistas”, declarou o governador.
O chefe do Palácio Paiaguás comentou ainda sobre as eleições em São Paulo. Segundo ele, a ‘locomotiva’ do país não pode escolher como prefeito alguém que seja “cômico ou hilário”, se referindo ao candidato Pablo Marçal, porque pode ser uma tragédia.
“O que aconteceu em São Paulo chamou a atenção do Brasil inteiro não pelo conteúdo na política, mas pelo comportamento de um candidato que entrou achincalhando todo mundo, usando técnicas de comunicação conhecidas por alguns, mas não praticado pela maioria. Isso ficou cômico, hilário, mas coisa hilária e cômica pode virar trágica. O Brasil tem que levar mais a sério essa coisa de política”, disse o governador.
Mauro Mendes disse ainda que houve um ‘racha’ na direita paulistana e brasileira porque há eleitores que não votam com seriedade. “Houve uma divisão porque tem muita gente na direita que gosta disso, mas você tem que ter responsabilidade na hora de se contratar a maior autoridade de uma cidade, estado e país. O chefe do Executivo tem que ser visto de outra forma. Eu já perguntei para alguns amigos empresários se eles o contrataram e eles disseram que de jeito nenhum”, garantiu.
FONTE: Folha Max