Fabio garante lealdade ao União Brasil e nega ter atuado contra projeto de Botelho | RDNEWS

O secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia, garantiu ser leal ao seu grupo político e negou que tenha atuado contra o projeto do deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), que não avançou ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de Cuiabá nas eleições deste ano. Um dia após o “naufrágio”, Garcia anunciou apoio a Abilio Brunini (PL).

Para algumas lideranças do partido, não havia dado tempo nem mesmo de “enterrar o defunto” e justo Fabio, que atuou como coordenador de campanha de Botelho, sinalizou apoio a um projeto adversário, reiterando que, se estivesse disputando, teria seguido para o segundo turno. Em entrevista ao Rdtv Cast, o chefe da Casa Civil rechaçou a tese de que estivesse “jogando contra” o próprio time.

“Eu não estava só torcendo [pelo Botelho], estava trabalhando, é diferente. Eu fui coordenador de campanha do Botelho, então, estava todo dia na campanha, mobilizando, ajustando reunião, mas infelizmente não tivemos votos […]. Eu fiz a campanha convicto”, disse.

Fabio salientou que a eleição de segundo turno, entre Abilio e Lúdio Cabral (PT), se tratava de um cenário polarizado e que, no quadro que se apresentava, seus ideais ideológicos e partidários possuíam maior alinhamento com o liberal. Frisou ainda que o União Brasil havia liberado os filiados no segundo turno.

“Eu só me posicionei depois da nota oficial do partido. Só fiz isso porque era um eleição polarizada, da direita com a esquerda. Sempre tive posicionamento de centro-direita, então não tinha dúvidas do meu posicionamento ideológico”, emendou.

O secretário ainda acrescentou que possui experiência em vitórias e derrotas, porém, o grupo permanece unido e compreendendo os resultados com naturalidade, sem “caça às bruxas”.

“Não tinha ninguém sendo enterrado. Participar da eleição, se ganha ou se perde. Eu já participei de várias com o governador Mauro Mendes, perdemos para prefeito em 2008 e, no outro dia, levantamos para trabalhar. A vida segue. Em 2010 [foi] a mesma coisa: perdemos, mas a vida segue”, completou.