Após quase um mês suspenso, setor de nefrologia da Fundhacre retoma atendimento em Rio Branco


Serviço retornou com atendimento a 24 pacientes que optaram por continuar fazendo hemodiálise na Fundhacre. Fundhacre retoma atendimento para 24 pacientes no setor de nefrologia
Suspenso desde 16 de outubro, o serviço de nefrologia da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) retornou nessa segunda-feira (11) com atendimento para 24 pacientes que precisam fazer hemodiálise. Segundo a direção do hospital, esses pacientes fizeram a opção pelo retorno do tratamento na unidade de saúde, reformada recentemente.
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Sem o serviços, os pacientes foram encaminhados para clínicas que prestam atendimentos para o governo. Na época, a Fundhacre justificou que a medida era necessária porque a empresa que fornece um dos produtos para a realização da hemodiálise atrasou e, por isso, os pacientes foram remanejados.
“Estamos retornando com os 24 pacientes renais crônicos que expressaram o desejo de seguir com seu tratamento aqui na Fundação Hospitalar e mantivemos os pacientes que optaram por permanecer nas clínicas que ofertam o serviço para o governo. Então, o serviço de nefrologia não será extinto, o investimento permanece”, explicou a presidente da Fundhacre, Soron Angélica Steiner.
Setor de nefrologia da Fundhacre voltou a atender pacientes que precisam de hemodiálise
Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
No dia 15 de outubro, dezenas de pacientes renais se reuniram em frente ao serviço de nefrologia para reclamar sobre a suspensão do setor que funcionava em três turnos.
Nefrologia é a especialidade que trata de doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas aos rins. O espaço onde ficava o serviço de nefrologia estava há mais de 10 anos sem reformas e foi revitalizado e entregue no final de dezembro do ano passado.
Foram investidos mais de R$ 1,3 milhão e, com o prédio novo, os pacientes não concordaram em ter que mudar para as clínicas.
Demora nos transplantes
Outro problema relatado pelos pacientes é a demora para fazer os transplantes. O produtor rural José Correia da Silva, de 64 anos, aguarda há quase dez anos pela cirurgia. Ele mora em Senador Guiomard, interior do estado,
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, ele contou que lentidão para fazer os exames pré-operatórios são o principal problema atualmente. É que quando consegue terminar de fazer todos os pedidos médicos, os primeiros precisam ser refeitos porque perderam a validade.
Desta forma, o produtor rural segue precisando da máquina para fazer a filtragem do sangue três vezes por semana e por quatro horas cada sessão.
“Não sei porque que o secretário de Saúde achou por bem fechar essa clínica e transferir a gente para as clínica particulares. Eu não aceitei essa mudança e fizemos manifestação aqui umas quatro vezes”, lamentou.
Produtor rural José da Silva aguarda um transplante há mais de 10 anos
Luanna Lins/Fundhacre
O idoso revelou que já ficou duas vezes na fila de espera achando que ia conseguir fazer o transplante. “Já fiz exame particular para ver se adianta, mas quando você chega na hora de ir para a fila do transplante, troca de governo, então, dá um problema e a gente fica toda vida na pior”, criticou.
Sobre os transplantes de rins, a presidente da Fundhacre disse que a instituição foi reabilitada recentemente pelo Ministério da Saúde para realizar procedimentos desse porte. Atualmente, em todo o estado, cerca de 180 pessoas estão cadastradas nessa fila.
“Todos os pacientes que necessitam de transplante ficam sob gestão da Central Nacional de Transplantes. Não é, de fato, a Fundação Hospitalar que faz a gestão desses transplantes, então, o paciente acreano concorre com pacientes de outros estados do Brasil. Tivemos e temos alguns pacientes há bastante tempo aguardando na lista, mas agora com o nosso serviço habilitado na Fundação tenho certeza que a gente vai dar maior fluidez para nossa fila de transplantes renais”.
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FONTE: Lapada Lapada

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