Justia emite mandado de priso contra ex-ministro da Defesa

 

A Justiça da Coreia do Sul emitiu nesta terça-feira (10) um mandado de prisão contra ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun. Ele é acusado pela promotoria de ter sugerido o decreto da lei marcial ao presidente Yoon Suk Yeol, na semana passada.

Yong-hyun está preso desde o último domingo (8), quando promotores o detiveram preventivamente. No sábado, a polícia sul-coreana fez buscas em sua casa. O ex-ministro se tornou a primeira pessoa presa no caso da lei marcial.

O Tribunal Distrital Central de Seul informou nesta terça que aprovou o pedido dos promotores para um mandado de prisão contra Kim Yong-hyun. Com isso, sua prisão foi formalizada.

Kim Yong-hyun havia renunciado ao cargo na última quarta-feira e pedido desculpas à população sul-coreana pela lei marcial. Em seu pronunciamento, ele também assumiu a responsabilidade pela crise causada no país.

Kim é acusado de ter colaborado com o presidente Yoon Suk Yeol e outros na imposição da lei marcial em 3 de dezembro, que levou tropas armadas às ruas de Seul. Como parte da investigação, as autoridades apuram se esses atos configuram rebelião.

Também nesta terça, um comandante da unidade de guerra especial do exército sul-coreano revelou em depoimento ao Parlamento que recebeu ordens diretas do presidente para “retirar à força” os deputados da sessão que votava para derrubar a lei marcial.

Lei marcial e crise na Coreia do Sul

O presidente Yeol surpreendeu o país e o mundo ao decretar lei marcial no final da noite de 3 de dezembro, no horário local. A medida restringe direitos e liberdades civis e sua adoção foi duramente criticada pela oposição e pela população.

A lei foi derrubada em poucas horas pelo Parlamento sul-coreano, que realizou sessão emergencial à revelia das forças da lei marcial, que tinham instruções para fechar a casa legislativa. O presidente sobreviveu a uma votação de impeachment no final de semana passado, quando seu partido abandonou a votação.

Desde então, investigações foram abertas contra o presidente e alguns de seus subordinados, como o então ministro da Defesa Kim Yong-hyun.

FONTE: Folha Max

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