O juiz Pierro de Faria Mendes, da 5ª Vara Cível de Cuiabá, suspendeu, nesta quarta-feira (24), o processo eleitoral das chapas inscritas para a presidência da Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá. A decisão atendeu o pedido de uma associada, que questiona a ausência de prestação de contas da atual diretoria, presidida por Misael Galvão.
Na ação, a autora denuncia a falta de reservas financeiras mesmo, segundo ela, diante de uma arrecadação mensal de aproximadamente R$ 950 mil pagos pelos 625 associados antes do incêndio de julho de 2024, que destruiu o prédio do Shopping Popular, ocasionando a perda irreparável de bens e mercadorias dos associados.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
A associada afirmou que o imóvel não possuía seguro e que os lojistas “foram surpreendidos com a informação de que o caixa da entidade estava zerado e o prédio não possuía seguro”.
Em sua decisão, o juiz acatou os argumentos expostos e destacou que “causa estranheza” o fato de uma entidade com arrecadação e representatividade significativas não manter seguro predial ou fluxo de caixa minimamente saudável. Diante disso, Pierro citou a necessidade de maiores esclarecimentos quanto à destinação dos recursos visto que, segundo o magistrado, há “fortes indícios de má administração”, de modo que determinou a suspensão da eleição marcada para o dia 28 de abril.
“Posto isso, por estarem presentes os requisitos exigidos no art. 300 do CPC, concedo a tutela pleiteada para determinar a imediata suspensão do processo eleitoral das chapas já inscritas”, diz trecho da decisão.
O juiz também determinou que o processo seja encaminhado ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), para a tentativa de conciliação entre as partes.
A eleição só poderá ser retomada após a comprovação, nos autos, da regularidade da prestação de contas da atual diretoria, “a fim de evitar dano irreparável à coletividade de associados, diante dos fortes indícios de má administração, tendo em vista que o atual presidente Misael Galvão e a mesa diretora estão concorrendo novamente”.
Confusão em registro de chapas
Conforme publicado pelo
O conflito aconteceu devido à checagem dos documentos que, supostamente, aconteceram de forma diferente para cada chapa.
Outro lado
O
FONTE: RDNEWS