Os funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) organizam um protesto a ser realizado nesta quarta-feira (9), na Câmara Municipal, durante a sessão ordinária, para demonstrar insatisfação com a decisão do prefeito Cláudio Ferreira (PL) em sinalizar a intenção de extinguir a autarquia que emprega quase 700 trabalhadores. Conforme publicado no Blog do Romilson, a decisão do prefeito foi comunicada aos funcionários nessa segunda-feira (7), gerando revolta.
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O gestor alega que a empresa pública está falida, expondo um rombo de cerca de R$ 260 milhões. Neste cenário, sustenta que a solução mais eficaz para acabar de vez com o passivo é extinguir a Coder. O Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis defende a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar o caso, além da necessidade de audiências públicas e apresentação de um plano para os funcionários.
A Câmara de Rondonópolis alega que está acompanhando com “atenção e responsabilidade” o processo de fechamento, indicando que o posicionamento é claro: “Os trabalhadores ‘coderianos’ não podem ficar desamparados”. Conforme apurado pela reportagem do
“O processo formal de extinção depende dessas avaliações e de outras medidas técnicas e legais. O Legislativo reforça que continuará fiscalizando o andamento das decisões e se mantém comprometido com a defesa da dignidade dos servidores da Coder e com a responsabilidade na condução do processo”, diz trecho de manifestação do Parlamento sobre a situação.
A Coder foi criada pela Lei Municipal nº 523, em 8 de julho de 1977, tendo completado 48 anos na data de hoje.
Alerta da Câmara
A Câmara informa que acompanhou o resultado da auditoria realizada pela Prefeitura, que embasa a atual condução do processo, ou seja, para o fechamento. O documento expõe o diagnóstico de que a Coder acumula dívidas oriundas de más gestões passadas e uso inadequado da máquina pública, o que contribuiu para a sua inviabilidade administrativa e financeira.
A Companhia já vinha operando de forma limitada e, na prática, estava “inativa”. As contas do ex-presidente da Coder, no exercício de 2022, foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Os balanços de 2023 e 2024 ainda estão em análise, mas a expectativa é de que também sejam reprovados.
“O processo formal de extinção depende dessas avaliações e de outras medidas técnicas e legais. O Legislativo reforça que continuará fiscalizando o andamento das decisões e se mantém comprometido com a defesa da dignidade dos servidores da Coder e com a responsabilidade na condução do processo”, concluiu.
FONTE: RDNEWS