Rodinei Crescêncio/Rdnews
Governador Mauro Mendes durante visita técnica no gasoduto que foi inaugurado nesta sexta
O governador Mauro Mendes (União Brasil) garante que a entrega do gasoduto no Distrito Industrial, realizada nesta sexta-feira (25), representa um marco para a industrialização em Cuiabá. O novo sistema, sonhado há mais de duas décadas, foi viabilizado após investimento de R$ 40 milhões do Governo, por meio da parceria entre Secretaria de Desenvolvimento Econômico, MT Gás e MT Par. Em discurso, Mauro fez questão de mencionar que o gás chegou pela primeira vez em 2002 e que muitos, entre eles o ex-governador Dante de Oliveira (já falecido) e o empresário Robério Garcia, batalharam para que esse momento chegasse.
“Muito mais do que uma grande matriz energética, econômica, eficiente, o gasoduto cria uma ambiência de ânimo, de novas expectativas e de novas perspectivas. É um marco para a industrialização aqui na nossa capital do estado de Mato Grosso. É uma matriz energética competitiva, ambientalmente adequada e que vai abrir um novo momento de investimento na indústria e na industrialização em Cuiabá”, discursou Mauro.
De acordo com o chefe do Paiaguás, o gasoduto tem capacidade de atender até 260 empresas, com distribuição diária de até 186 mil m³ de gás natural. “É um dia histórico para o setor produtivo. O gás chega diretamente às empresas, reduz custos, aumenta a competitividade e abre caminho para novos investimentos”, afirmou Mauro durante a cerimônia.
O governador fez questão de ressaltar que o novo passo só foi possível porque o Governo do Estado, ainda no início da gestão, articulou um contrato firme de fornecimento de gás natural com a Bolívia.
“Muitas empresas tinham receio de trocar o modelo energético, porque não havia segurança que o fornecimento de gás seria constante. E nós conseguimos dar essa segurança para o setor, que agora pode economizar e adotar esse novo sistema. Estamos abrindo um novo ciclo de oportunidades aqui no Distrito Industrial, que passa a se inserir nessa onda de crescimento que já ocorre em todo o estado de Mato Grosso”, ressaltou o chefe do Paiaguás, que fez questão de traçar uma cronologia da “batalha” que atravessou vários governos.
Empresário, Mauro ressalta que, em 2009, chegou a projetar a mudança da matriz energética de sua empresa, mas que isso não foi possível porque não havia a segurança, que hoje existe, sobre o abastecimento. “Eu, de alguma forma, eu fiz parte um pouco dessa frustração que foi aguardar durante longos e longos anos a chegada desse gás aqui em Cuiabá”, afirmou.
“Nós estávamos iniciando a obra [de mudança para a matriz] e, logo no início, houve alguns daqueles tão conhecidos, piripaque no contrato, e houve uma descontinuidade no fornecimento do gás aqui pra cidade de Cuiabá. Isso aconteceu porque o Mato Grosso, a MT Gás, não tinha com os bolivianos um contrato firme, um contrato que obrigava eles, sob pena de pagar multa, a entregar este gás aqui para cidade de Cuiabá”, relembrou Mauro.
Segundo o governador, o cenário atual é bem diferente. Isso porque o contrato vigente fixa o volume que o governo boliviano é obrigado a fornecer.
“Eu confesso a vocês que nós estamos hoje com um volume de gás que nós compramos, pagamos e está lá estocado na Bolívia. Por quê? Porque nós precisávamos fazer essa aposta. Nós precisávamos apostar aqui nas indústrias de Mato Grosso, nós precisávamos apostar nesse desenvolvimento desse mercado e dar essa segurança [aos empresários]”, disse.
“Mas isso não é um problema. O gás está lá estocado e agora entrando as indústrias, nós vamos poder usar todo esse gás, vamos poder fazer aquilo que nós achamos que é o devido, que foi o investimento num contrato firme para garantir a segurança e, a partir dessa segurança, garantir os investimentos e começar o novo ciclo de investimento no Estado Mato Grosso”, frisou.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, por sua vez, destacou que o fornecimento estável do gás era a peça que faltava para destravar o pleno funcionamento do Distrito Industrial.
“Durante anos, o gás chegou a Cuiabá, mas nunca entrava nas fábricas. Agora, isso muda. O que era promessa virou realidade, e isso se traduz em empregos, renda e mais arrecadação para o Estado”, disse Miranda, que destacou ainda que este é mais um dos projetos em que o Governo do Estado quebrou paradigmas, assim como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a construção do Hospital Central e a duplicação da BR-163.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que tem vínculos familiares com a origem do projeto, o momento é de resgate histórico. “Meu avô criou o Distrito Industrial, meu pai trabalhou para viabilizar o gasoduto nos anos 1990, mas só agora, com a liderança de Mauro Mendes, isso se tornou uma política de Estado consolidada”, celebrou, ao lado da avó e ex-primeira-dama de Mato Grosso, Maria Ligia Borges Garcia.
Também participaram do evento: a senadora Margareth Buzetti; os deputados estaduais Carlos Avallone, Diego Guimarães e Júlio Campos; os secretários de Estado Fabio Garcia (Casa Civil), César Miranda (Desenvolvimento Econômico), César Roveri (Segurança), Basílio Bezerra (Planejamento e Gestão) e Jordan Espíndola (Gabinete de Governo); o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues; o presidente da MT Par, Wener Santos; o presidente da Ager, Luis Nespolo; a ex-primeira-dama de Mato Grosso, Maria Ligia Borges Garcia; a CEO da MS Gás, Cristiane Schmidt; entre outras autoridades.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
Teste do gasoduto
Gasoduto
Segundo o presidente da MT Gás Aécio Rodrigues, o sistema de distribuição de gás natural no Distrito Industrial de Cuiabá, conhecido como gasoduto, tem 39 km e deve atender todas as empresas da região. Até o momento, sete já estão com contrato assinado para fornecimento e três – Sanear, Greca Asfaltos e Milan Móveis – já estão com equipamentos instalados. Outras 30 estão em processo de adesão.
FONTE: RDNEWS
