Uma tendência polêmica tem viralizado nas redes sociais e levantado dúvidas sobre a eficácia científica da prática. Nela, homens têm recorrido a ingestão de suplemento de zinco para aumentar a quantidade de ejaculação, ou seja, para gozar mais e em maior quantidade. Mas será que isso dá certo?
O biomédico e sexólogo Vitor Mello aponta que, em parte, sim, uma vez que o zinco é um mineral essencial para diversas funções no organismo, em especial para o sistema reprodutivo masculino.
“Ele participa ativamente da produção de testosterona e do processo de espermatogênese, que é justamente a formação dos espermatozóides. Quando os níveis de zinco estão adequados, se observa uma melhora na qualidade do sêmen, tanto em volume quanto na motilidade dos espermatozoides”, acrescenta.
Segundo o profissional, o mineral contribui para que o corpo funcione de forma mais equilibrada. Ele, porém, faz um adendo. É importante lembrar que o aumento da produção seminal não depende apenas do zinco, até porque fatores hormonais, genéticos e de estilo de vida também influenciam.
O biomédico acrescenta que o ideal é que a ingestão de zinco aconteça diariamente, de preferência por meio de uma alimentação equilibrada, e não via suplemento.
“Carnes vermelhas, frango e fígado; ostras; e castanhas, oleaginosas e sementes de abóbora são boas fontes naturais. No entanto, é fundamental avaliar individualmente se essa ingestão já é suficiente ou se há necessidade de suplementação, algo que só pode ser confirmado com exames e orientação médica.”
Por fim, o profissional destaca que o consumo em excesso não é recomendado, pois atrapalha a absorção de minerais como ferro e cobre. “Por isso, a reposição deve ser sempre acompanhada por um profissional de saúde.”
FONTE: Folha Max