O deputado federal Rodrigo da Zaeli (PL) acusou, sem citar provas ou nomes, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de atuarem diretamente para influenciar votações no Congresso Nacional.
“Hoje, temos um Supremo que é político, que só julga deputados e senadores de direita. Não temos nenhum processo em andamento de políticos de esquerda. Nós estamos tentando igualar esse jogo e deixar a soberania do Legislativo trabalhar. Hoje ministros ligam para deputados pedindo voto em determinadas ações”, disse.
Estamos tentando igualar esse jogo e deixar a soberania do Legislativo trabalhar. Hoje ministros ligam para deputados pedindo voto em determinadas ações
A declaração foi dada em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real, quando o deputado justificava seu posicionamento em favor da PEC da Blindagem – que estabelece que o STF só poderá abrir processo criminal contra deputados e senadores com autorização da Câmara ou do Senado, por meio de votação secreta.
Segundo o parlamentar, a PEC corrige uma “injustiça” que estaria em curso no País. Para tanto, ele citou que hoje existe um alinhamento entre o Judiciário e o Governo Federal para “prejudicar políticos da direita”.
“O Supremo Tribunal não é imparcial, é um tribunal político. Temos oito indicados pelo PT, um pelo ex-presidente Michel Temer e dois pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O Supremo está totalmente politizado e nós estamos buscando o equilíbrio”, afirmou.
“Temos um ministro que ele mesmo é réu e não se julga incapaz de estar fora desse processo para termos um processo realmente imparcial. Não podemos deixar que processos comecem no Supremo, eles investigam junto com PF, eles julgam e eles condenam. E não tem o contraponto. A PEC busca o equilíbrio entre os três poderes”, emendou o deputado.
Pela bancada de Mato Grosso, além de Zaeli, votaram favoráveis à PEC os deputados Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL), Coronel Assis (União) e Gisela Simona (União). Já os deputados Emanuel Pinheiro Neto, Emanuelzinho, e Juarez Costa, do MDB, votaram contra.
O texto agora já está no Senado Federal.
Veja entrevista:
FONTE: MIDIA NEWS