A sessão ordinária da Câmara de Cuiabá precisou ser suspensa por cerca de cinco minutos, após uma confusão entre os vereadores, depois da votação do projeto do prefeito Abilio Brunini (PL), que pedia autorização para a criação da Secretaria de Planejamento Estratégico e Orçamento (SMPEO).
Entre as brigas por tentativa de justificativa de voto, a vereadora Baixinha Giraldeli (Solidariedade) tomou a palavra e reclamou das interrupções.
Jessé Soares
“Presidente, por favor, se não foi gravado, por que fica essa putaria aqui implicando 24 horas?”, disparou Baixinha, em resposta à reclamação de vereadores contra a decisão da presidente Paula Calil (PL), que barrou o pronunciamento do vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania), após um pedido feito fora do tempo regimental.
A presidente da Mesa Diretora chegou a solicitar a checagem das câmeras para verificar se, de fato, havia pedidos para justificar votos na proposta, que foi aprovada por 19 a 2, dentro do prazo, embora alguns vereadores sustentassem o contrário.
O desgaste recaiu sobre Baixinha, que deixou escapar o termo “putaria”. A vereadora Katiuscia Mantelli (PSB), primeira-secretária da Câmara, pediu respeito no plenário para evitar o uso de palavras de baixo calão, já que a sessão é transmitida ao vivo para a população cuiabana. Diante do clima nada amistoso, a presidente Paula Calil suspendeu a sessão por cinco minutos — medida recorrente no parlamento cuiabano.
No retorno, Baixinha pediu desculpas pelo termo utilizado, mas reiterou que, em certos momentos, não há ambiente adequado para debates, devido ao atropelo de discursos e à gritaria. Além disso, defendeu que todos os colegas tenham espaço para opinar quando o solicitarem, em recado direcionado à presidente.
FONTE: RDNEWS
