Alagoano foi morto pelo CV por ter tatuagem do “Tio Patinhas”, diz DHPP | RDNEWS

Reprodução

O alagoano José Wallefe dos Santos Lins, de 28 anos, foi sequestrado e morto pelo Comando Vermelho em Várzea Grande por possuir uma tatuagem do “Tio Patinhas”, revelou o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. No mundo do crime, a tatuagem pode ser associada a ladrões de bancos, geralmente do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A morte de José Wallefe aconteceu em agosto deste ano. Ele, sua esposa, Ariane da Silva Cerqueira de 27 anos, e o filho do casal, de um ano de idade, foram sequestrados da casa onde moravam, no bairro Jacarandá, em Várzea Grande, no dia 9 de agosto. Ariane e o bebê foram soltos, mas o homem foi torturado e morto a facadas.

Depois que veio para cá, a informação que temos é que ele estava trabalhando como açougueiro e que estava tendo uma vida nova. Então, recentemente, não dá para afirmar que ele estava pertencendo a nenhuma facção


Delegado Nilson Farias, da DHPP

Nesta sexta-feira (05), a DHPP deflagrou a Operação Ditadura Faccional CPX, para prender 11 pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Como já informado pelo , seis foram presos, quatro estão foragidos e um morreu em confronto com a Polícia Civil.

Conforme o delegado Nilson Farias, membros do Comando Vermelho estavam realizando um “salve” em uma pessoa, no bairro Jacarandá. José Wallefe saiu de casa apenas para “assistir” e acabou chamando atenção dos criminosos. “Ninguém sabia quem ele era até então. Essa curiosidade dele levou as pessoas a perceber a tatuagem. Ele tinha bastante tatuagem”, conta.

“Quando começam a perguntar sobre as tatuagens, ele tenta correr, e é aí que a situação escala”, acrescenta.

Ainda segundo o delegado, durante a investigação, não ficou comprovado que José Wallefe ainda pertencia à facção criminosa. “Não ficou evidenciado se ele ainda pertencia. Quando ele estava lá, ele teve problemas com crime. Depois que veio para cá, a informação que temos é que ele estava trabalhando como açougueiro e que estava tendo uma vida nova. Então, recentemente, não dá para afirmar que ele estava pertencendo a nenhuma facção”, explica Nilson.

A vítima foi torturada e morta a facadas, conforme o delegado. “Foi morto com uma facada no pescoço e depois levou vários outros golpes. Mas ele apanhou bastante antes. Apanhou com pau, com fio, com pedra. Juntou muita gente para surrar ele”, salienta.

FONTE: RDNEWS

comando

Sair da versão mobile