A sequência de crimes brutais contra a vida de mulheres levaram o movimento Levante Mulheres Vivas a convocar todo o país para um ato de denúncia contra o aumento de feminicídios. Cuiabá também entrará na agenda nacional e o ato ocorrerá na Praça Santos Dumont, neste sábado (6), às 14h.
Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O ato se espalha pelas regiões norte, nordeste, sudeste, centro-oeste e sul do país, nas principais capitais. Conforme dados do Mapa Nacional da Violência de Gênero, o Brasil já registrou 1.197 mulheres mortas pelo crime de feminicídio em 2025. Em outras palavras, ao menos 4 mulheres morrem diariamente no Brasil.
A manifestação ganhou força após duas servidoras públicas serem assassinadas a tiros no Rio de Janeiro e uma jovem ser atropelada e arrastada por 1km em São Paulo no último domingo (29), precisando amputar as duas pernas. Apesar de ter chocado o país, esses fatos, porém, não foram isolados.
Na última segunda-feira (1), o Brasil assistiu imagens de câmeras de uma tentativa de feminicídio à luz do dia, também em São Paulo. O ex-namorado de Evelin de Souza Saraiva, usou duas armas para disparar cinco vezes enquanto ela trabalhava em uma pastelaria. A vítima está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a organização do ato, o objetivo é promover uma mobilização pela vida das mulheres e denunciar o aumento da violência de gênero, sobretudo os altos números de feminicídios e tentativas de feminicídios.
O movimento ganhou adesão por diversas figuras políticas, bem como por personalidades do universo artístico. Apesar de ser convocado por e para as mulheres, a organização reforça que a presença dos homens também é importante.
“A luta pelo fim da violência contra as mulheres não é apenas uma pauta feminina – é uma responsbilidade de toda a sociedade. Homem aliado não é o que apenas fala bonito. É o que se posiciona, comparece, age”, afirma em um das publicações sobre o ato.
FONTE: RDNEWS
