A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso , por unanimidade, nesta terça-feira (9), rejeitou o recurso do Ministério Público que buscava incluir o crime de agressão no julgamento do advogado Cleber Figueiredo Lagreca, acusado de matar a empresária Elaine Stelatto, 45 anos, no Lago do Manso, em outubro de 2023.
Assim, fica mantido o envio do réu ao Tribunal do Júri apenas pelo crime de homicídio, ficando definitivamente excluída a tese de estupro, que já havia sido afastada na fase de pronúncia. O advogado Eduardo Mahon, que representa o réu, afirmou ao FOLHAMAX que a decisão foi clara e reforça a necessidade de separar o caso de teses que não se sustentaram no processo.Mahon destacou ainda que a estratégia da defesa seguirá firme. Mahon reiterou que Lagreca é inocente e que a exclusão das imputações adicionais reforça a tese defensiva.
“A conjuntura toda seria o estupro, mas não foi. Então, no final, excluíram o delito de estupro e mantiveram o júri. É provável que nós nos encaminhemos a júri com bastante tranquilidade, bastante serenidade, mas sem essa pecha, sem essa imagem relativa ao estupro, que não se deu, não foi comprovado”, informou Eduardo.
Lagreca é servidor efetivo da Secretaria de Meio Ambiente e, mesmo preso, segue recebendo salário, que chegou a R$ 55,8 mil em julho e agosto, segundo o Portal da Transparência.
Elaine Stelatto morreu em 19 de outubro de 2023, após sair de um barco em movimento com uma corda amarrada à cintura. Inicialmente, a morte foi tratada como afogamento acidental. Porém, a perícia concluiu que Elaine foi asfixiada, desmontando a versão apresentada por Lagreca.
Segundo a denúncia de familiares, o advogado teria atraído Elaine para um passeio sob pretexto romântico, a agrediu e depois tentou simular um acidente.
FONTE: Folha Max
