Aonde estão os nossos alunos do Ensino Superior? O que houve com eles pós pandemia? Qual a faixa etária e de renda que mais sentiram o efeito da pandemia?
Qual o percentual de mulheres que desistiram de estudar nesse período? Quais as causas que levaram a desistência (emocional, financeira, aula remota)…..
Várias questões precisam ser mapeadas e respondidas. Não se consegue fazer política pública sem saber a origem e as causas do problema. Essa é a grande falha dos nossos políticos….. a POLÍTICA PARA PLÁTEIA.
Muito vídeo, muita dança, muita rede social e POUQUISSIMO TRABALHO.
Dessa forma, conforme a Unesco, dois anos após o início da pandemia em 2020, quase metade dos estudantes do mundo ainda se sentem afetados pelo fechamento parcial ou total das escolas, e mais de 100 milhões de crianças adicionais cairão abaixo do nível mínimo de proficiência em leitura como resultado dessa crise de saúde.
Priorizar a recuperação da Educação é primordial para evitar uma catástrofe que afetará todo uma geração. Governos e instituições estão apoiando milhares de crianças em seus esforços para mitigar o impacto do fechamento de escolas, para lidar com as perdas de aprendizagem e adaptar os sistemas de Educação, especialmente em comunidades vulneráveis e desfavorecidas, porque reconhecem que existem desigualdades sociais.
Não existe desenvolvimento sem educação, por isso é importante mapear aonde estão esses alunos do Ensino Superior.
Como Economista e Professor, vejo as salas de aulas vazias e me pergunto, se não estão aqui, muitos voltaram a trabalhar que é o caso dos que ficaram desempregados e desistiram da faculdade, muito comum esse cenário nas faculdades privadas.
Outros, deixaram o sistema presencial e migraram para o EAD, justamente pelo motivo financeiro e caso haja algum outro problema com a pandemia, esses alunos não correm riscos sanitários. Em relação a Universidade Federal e aos Institutos federais, já estava ocorrendo uma queda brutal no número de alunos antes da pandemia, com a pandemia, muitos nem voltaram mais, principalmente o que possuem renda menor.
Dessa forma o Estado, deve olhar com mais carinho para a educação. Estamos num momento de evasão escolar e do Ensino Superior. A pandemia não foi uma “gripezinha” foi um furacão que abalou os estudantes em todos os aspectos.
Não existe desenvolvimento sem educação. A educação garante uma maior probabilidade de qualidade de vida e principalmente possibilidades impar para as pessoas. Muita gente muda de vida ao estudar e aprender um ofício. Mapear a situação dessas pessoas é dever do ESTADO. Sem números não se consegue pensar em políticas públicas com eficiência
Já passou da hora de olharmos para frente. Deixar o revanchismo político impregnado no Estado de anomia e pensar e executar políticas que fazem sentido a longo prazo. Agir como um verdadeiro país emergente e não de periferia. Isso passa principalmente pela educação.
Fernando Henrique da Conceição Dias é mestrando em Economia pela UFMT.
FONTE: Midia News






