O desembargador da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), Gilberto Giraldelli, manteve a prisão do contador João Fernandes Zuffo, suposto líder de uma quadrilha que praticava latrocínios na região de Juscimeira (162 Km de Cuiabá). Uma das vítimas do bando foi o advogado João Anaídes, executado com um tiro na cabeça no ano de 2021.
A decisão monocrática do desembargador é da última quinta-feira (19). A defesa do contador argumenta no habeas corpus que o processo está “parado” desde o mês de maio de 2023, quando o réu foi condenado na primeira instância da justiça a 62 anos de prisão.
Segundo a defesa, há recursos contra a condenação que ainda não foram analisados, o que estaria submetendo João Fernandes Zuffo a uma “coação ilegal”, e que por isso sua prisão, ocorrida em dezembro de 2021 na operação “Flor do Vale”, deveria ser “relaxada”. O desembargador Gilberto Giraldelli, por sua vez, analisou que os pedidos do contador necessitam da prestação de informações da primeira instância do Poder Judiciário Estadual, que condenou Zuffo no mês de maio de 2023, e manteve a prisão do réu.
“Nada obstante todos os argumentos lançados pelos impetrantes no intuito de desconstituir a medida segregatícia experimentada pelo paciente, diante da complexidade dos fatos trazidos ao conhecimento deste eg. Tribunal de Justiça neste remédio heroico, mostra-se imprescindível um confronto das informações a serem fornecidas pelo juízo a quo com uma análise mais acurada dos elementos de convicção constantes dos autos, a fim de verificar a alardeada existência de coação ilegal”, analisou Giraldelli.
O desembargador deu 5 dias para a primeira instância prestar informações sobre o processo.
FONTE: Folha Max
