Juiz manda suspender pesquisa que apontava liderança de Kalil

O juiz Carlos Roberto Barros de Campos, da 20ª Zona Eleitoral de Várzea Grande, determinou nesta quinta-feira (4) a suspensão imediata de uma pesquisa que apontava ampla vantagem do prefeito Kalil Baracat (MDB) no município.

 

As irregularidades apontadas são suficientes para autorizar a suspensão da divulgação da pesquisa; a não observância dos preceitos estabelecidos pela Justiça Eleitoral pode macular o seu resultado

Os dados suspeitos são do instituto MT Dados, que apontou o prefeito com surpreendentes 56% de intenções de voto, mesmo diante de graves problemas no município, como a falta de água generalizada. 

 

O juiz impôs uma multa diária de R$ 3.000,00 para os sites e jornais que não retirarem a pesquisa do ar, no prazo máximo de 12 horas após a notificação.

 

“É possível concluir que as irregularidades apontadas são suficientes para autorizar a suspensão da divulgação da pesquisa, eis que a não observância dos preceitos estabelecidos pela Justiça Eleitoral pode macular o seu resultado e, dessa forma, interferir indevidamente no resultado do pleito (perigo de dano)”, decidiu o juiz.

 

A pesquisa, registrada sob o número MT-06052/2024, mostrava também Flávia Moretti (PL) com em segundo lugar, com 11%, seguida por Leilane Borges (PT) e Milton Dantas (PSOL), ambos com 2%.

 

No pedido de suspensão, o PL alegou irregularidades no registro da pesquisa, incluindo a falta de informações sobre o número de entrevistados por setor censitário, além de apontar a delimitação incorreta da abrangência geográfica.

 

Segundo o partido, a empresa inseriu dados adicionais no sistema de registro do TSE após o prazo determinado pela legislalação eleitoral. 

 

O juiz baseou sua decisão nos artigos 2º e 16 da Resolução TSE nº 23.600/2019, argumentando que as irregularidades eram suficientes para justificar a suspensão da divulgação. 

 

A pesquisa, de maneira suspeita, também revelava um alto índice de desconhecimento das candidatas da oposição. Leilane Borges (PT) e Flávia Moretti (PL) seriam desconhecidas por 63% e 53% dos entrevistados, respectivamente.

FONTE: MIDIA NEWS

comando

Sair da versão mobile