Vacina não é sobre gripe comum; a Influenza pode matar, alerta secretária | RDNEWS

Com o aumento expressivo de casos de Influenza A e B em Cuiabá e 11 mortes já registradas, o Município tem feito um apelo à população para que busque a imunização disponível nas unidades de saúde. Em visita ao Portal e entrevista ao Rdtv Cast, a secretária de Saúde da Capital, Lúcia Helena Barboza Sampaio, salientou que a vacina ajuda a evitar formas graves da doença – inclusive a evolução para óbito.

“A vacina não é sobre gripe comum, é para o vírus da Influenza, que é o vírus que tem essa forma mais grave. […] A doença pode complicar, sim, com insuficiência respiratória e levar a óbito. Não é uma gripe, uma corizazinha, não. É uma doença pulmonar disseminada que pode levar a óbito. É uma doença grave”, alertou.

Annie Souza/Rdnews

Neste ano, já foram confirmadas 11 mortes por Influenza, sendo 10 em pessoas com mais de 60 anos e 1 em uma criança com menos de 1 ano. Em 2024, foram registradas apenas 3 mortes, todas em idosos. Em comum entre todas as vítimas está a falta de imunização. A situação já é considerada preocupante em razão da baixa cobertura vacinal.

“A vacina é bastante eficaz para evitar pelo menos as formas graves da doença. A gente sabe que não dá para evitar 100% de ter a doença, mas se você tem, tem de forma mais branda, não chega a ir para uma UTI ou até morrer por conta da doença”, explica Lúcia Helena.

“É muito importante a proteção para uma gestante, para que o bebê nasça com alguma proteção; da puérpera para que ela não adoeça e não passe a doença para o seu bebê; e dos idosos que são um grupo de risco. As pessoas que têm comorbidade também, os hipertensos, diabéticos, [pessoas] que têm algum comprometimento da sua imunidade também tem indicação para tomar essa vacina. Tem que haver preocupação das pessoas para se vacinar para que não tenham, pelo menos, a forma grave”, completou.

Annie Souza/Rdnews

A apresentadora e jornalista Greyce Lima e a secretária de Saúde Lúcia Helena durante a gravação do Rdtv Cast

A secretária refuta ainda o argumento usado por quem foge da imunização de que não se vacina porque ficará gripado, salientando que há uma diferença muito grande entre uma gripe ou resfriado comum e uma contaminação pelo vírus da Influenza.

“A pessoa fica achando que porque tomou a vacina da Influenza, ela não terá resfriado. Mas o resfriado vai continuar acontecendo. É uma doença bem mais leve, que com medidas de higiene nasal e pulmonar, nebulização e hidratação intensa, você consegue superar aquele quadro em 5 ou 7 dias e ficar novo em folha”, disse.

“Resfriados comuns teremos um monte ao longo da vida, mas é a forma leve de adoecimento. É um pouco de mal-estar, uma dor de cabeça, uma congestão nasal, uma coriza, mas nunca aquela febre de 40º C com prostração e falta de ar”, salientou.

Vacinação

A campanha de vacinação contra a gripe segue em andamento para os grupos prioritários, conforme definido pelo Ministério da Saúde. A imunização está disponível gratuitamente nas 70 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Capital.

Fazem parte dos grupos prioritários:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Gestantes e puérperas
  • Idosos (60 anos ou mais)
  • Povos indígenas e comunidades quilombolas
  • Pessoas em situação de rua
  • Trabalhadores da saúde
  • Professores
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo e portuários
  • Trabalhadores dos Correios
  • Pessoas com deficiência permanente ou com doenças crônicas
  • População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional 

Confira, abaixo, a entrevista completa da secretária de Saúde ao Rdtv Cast:

FONTE: RDNEWS

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