Estado e Município devem combater falta de moradia, defende Sérgio Ricardo | RDNEWS

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, defendeu empenho do Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá no enfrentamento ao déficit habitacional existente na Capital, frente aos casos recentes de invasões de terras. Em entrevista nesta segunda-feira (29), Sérgio pontuou que mais do que conter invasões, os poderes precisam atacar a falta de moradia popular.

“A cidade de Cuiabá nasceu de invasão, cerca de 60%. Por isso que nós temos tantas áreas em Cuiabá e Várzea Grande, que não tem documentação. Aqui em Cuiabá, na própria Av. Monte Líbano, saída para Chapada, toda aquela região ali, Florianópolis, Jd. Vitória, o pessoal não tem documento. Por quê? Tudo invasão. Eu comecei no jornalismo, aqui é 40 anos. Eu vi, eu vi bairros que hoje tem casas milionárias que nasceram de invasão”, disparou.

Assessoria

A fala ocorre em meio a ordem judicial para desocupação do Contorno Leste, em Cuiabá, programada para o fim de outubro. Na semana passada, o governador Mauro Mendes (União Brasil), sinalizou que qualquer realocação seria como premiar quem invade, sendo até um incentivo futuras invasões. Na sua avaliação do presidente do TCE, é necessário encontrar um entendimento em comum para sanar o problema da falta de moradia, que é não invadindo ou tomando terras, mas partido de um ponto de vista de políticas públicas. 

“Essa questão da falta de moradia é uma questão política. Eu tenho certeza que todo mundo vai querer resolver. E não vai ter guerra, não vai ter morte. Porque tá fácil de se resolver a questão do Contorno. Tem área? De quem é a área? De quem é a área? É área pública? Então discute-se e coloque-se as pessoas para poderem se instalar. O que o Estado e o município têm que combater, é a falta de moradia”, pontuou.

A Secretaria Estadual de Assistência Social, entre novembro do ano passado e março deste ano, realizou um estudo social mapeando 2.594 terrenos e fez o cadastro efetivo de 850 famílias. Destas, sedundo relatório, apenas 172 foram identificadas como elegíveis para programas sociais.

FONTE: RDNEWS

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