Grêmio Estudantil suspende as aulas em protesto contra o que chamam de “silenciamento e omissão institucional” diante da gravidade do episódio.
O Grêmio Estudantil do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) – Campus São Vicente, em Santo Antônio do Leverger, paralisou as atividades letivas nesta quinta-feira (9) após uma denúncia grave de invasão ao alojamento feminino durante a madrugada.
Segundo relatos encaminhados à reportagem, dois homens teriam entrado no quarto de alunas que dormiam sem roupa por conta do calor. Testemunhas afirmam que os invasores observaram as estudantes dormindo e, em determinado momento, um deles tentou tocar em uma das jovens, que acordou assustada. A suspeita é de que o homem estivesse se masturbando enquanto olhava para as meninas.
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Ainda conforme informações preliminares, os suspeitos seriam funcionários terceirizados de uma empresa de obras que atua há cerca de 30 dias dentro do campus.
O caso gerou revolta entre os estudantes, que acusam a direção da instituição de omissão e silenciamento diante da gravidade dos fatos. Em protesto, o Grêmio Estudantil suspendeu as aulas e divulgou uma nota contundente repudiando o episódio e cobrando medidas imediatas.
Em nota, o movimento estudantil declarou:
“Nós, estudantes, repudiamos e condenamos veementemente qualquer tentativa de assédio, silenciamento e a ausência de apoio que constantemente nos aflige. Diante disso, reafirmamos nosso compromisso de não nos omitir e de lutar contra essas e outras situações semelhantes. Exigimos esclarecimentos e a adoção de medidas eficazes para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos.”
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou ter sido acionada para verificar a situação no campus, localizado no km 330 da BR-364. Segundo a corporação, um homem foi visto nas proximidades do dormitório feminino e, ao perceber a movimentação, fugiu para uma área de mata. Posteriormente, o suspeito foi localizado pela instituição, e a PRF retornou ao local para prestar apoio.
Ainda conforme informações , a situação foi controlada sem feridos e não houve registro de prisão.
Até o momento, a direção do IFMT não se manifestou oficialmente sobre o caso, o que tem intensificado a pressão dos estudantes por providências imediatas e punições cabíveis aos responsáveis.
Nossa equipe de reportagem continua tentando contato com a direção do campus e com a empresa responsável pelos terceirizados para obter mais esclarecimentos.
FONTE: Lapada Lapada