O juízo da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá impôs monitoramento eletrônico ao fotógrafo Marcelo José da Silva Figueiredo, acusado de violência física e psicológica contra a ex-companheira. A decisão de quinta-feira (16) determina, também, que a vítima receba botão do pânico para pedir ajuda caso o homem descumpra medidas protetivas. As cautelares têm validade de 90 dias.
Este ano, a mulher registrou boletim de ocorrência contra o profissional e pediu medidas protetivas. Ele não poderia se aproximar dela por nenhum meio. Contudo, as regras foram descumpridas e, por isso, a Justiça determinou maior rigor.
“(…) Diante do exposto, entendo que os fatos narrados revelam a necessidade de maior rigor no acompanhamento e cumprimento das restrições impostas ao requerido, a fim de resguardar a segurança da ofendida e garantir a efetividade da presente medida”, diz trecho da decisão.
Além de usar tornozeleira, ele não pode se aproximar da vítima a menos de 500 metros, deve comparecer a todos os atos processuais e manter endereço atualizado.
“Decorrido o prazo de 90 (noventa) dias acima fixado, fica desde já AUTORIZADA a RETIRADA da tornozeleira eletrônica, devendo o autuado comparecer junto ao Centro de Monitoração, acima descrito, para a devida retirada do aparelho. De igual forma, a vítima deverá comparecer ao Centro de Monitoração Eletrônica em questão para devolução do “botão do pânico” após o decurso do prazo de 90 (noventa) dias em comento…)”, consta no documento.
O caso
A vítima conta no registro policial que o então namorado bebia muito e chegou a ameaçá-la de morte. Em uma das brigas, o filho da mulher chegou a tentar intervir para defendê-la das agressões verbais. Contudo, em outras ocasiões, houve violência física, com socos, tapas e empurrões.
O casal manteve relacionamento por cerca de um ano e rompeu no ano passado.
Outro lado
Procurado na época da queixa, o fotógrafo negou todas as acusações.
FONTE: Folha Max