O que parecia ser apenas mais um comércio tradicional de carnes em Várzea Grande escondia, segundo a Polícia Civil, um esquema criminoso estruturado de abigeato, crime que causa prejuízos milionários ao produtor rural e é tratado como uma das práticas mais graves no campo.
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O proprietário de uma casa de carnes, localizada no bairro Ipase, região central da cidade, foi preso preventivamente na tarde de terça-feira (16), apontado como líder de um grupo criminoso especializado no furto de gado e outros animais de criação, como cavalos. A prisão foi realizada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), após meses de investigação.
De acordo com a polícia, o empresário não era apenas um receptador, mas o mentor intelectual dos crimes, sendo responsável por planejar, selecionar os alvos e coordenar a ação dos comparsas. Ele responde a três inquéritos policiais instaurados na Derf-VG, com cerca de cinco vítimas identificadas, todas produtoras rurais da zona rural de Várzea Grande.
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Compra para despistar, roubo para lucrar
As investigações revelaram um modus operandi calculado. Para não levantar suspeitas, o investigado frequentava propriedades rurais, observava o rebanho e chegava a comprar um animal, criando uma falsa relação de confiança com o produtor.
Após conhecer o local e a rotina da propriedade, ele acionava os comparsas, que retornavam durante a noite ou em horários estratégicos para furtar os animais, abatê-los ainda na zona rural e realizar a desossa no próprio local.
A carne era então transportada e vendida no açougue do próprio investigado, localizado na Avenida Presidente Arthur Bernardes. O estabelecimento, segundo a polícia, foi fechado há mais de um mês, período em que o empresário passou a levantar suspeitas ao desaparecer da região.
Em algumas situações, conforme apurado, o próprio dono da casa de carnes participava diretamente das ações criminosas, ajudando a tocar o gado furtado para fora das propriedades.
Fuga, mudança de endereço e prisão
Diante da robustez das provas, o delegado Sérgio Luís Henrique de Almeida, responsável pelo caso, representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi deferida pelo Poder Judiciário.
Antes do cumprimento do mandado, o investigado fechou o comércio e fugiu, mudando-se para o bairro Costa Verde, em Várzea Grande, numa tentativa clara de escapar da Justiça. Mesmo assim, ele foi localizado e preso pelos investigadores da Derf-VG.
O suspeito foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, colocado à disposição da Justiça.
Investigação continua
A Polícia Civil reforça que o caso não está encerrado. As investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar outros envolvidos no esquema, que pode ser maior do que o inicialmente apurado.
O crime de abigeato, além de gerar prejuízo financeiro, impacta diretamente a segurança no campo, alimenta o mercado ilegal de carne e coloca em risco a saúde da população.
📌 O espaço do site Lapada permanece aberto para manifestação da defesa do investigado.
FONTE: Lapada Lapada
