Jovem baleado pelo pai tem morte encefálica; PJC cita histórico agressivo de suspeito | RDNEWS

O jovem de 23 anos que levou um tiro na nuca disparado pelo próprio pai morreu na tarde desta segunda-feira (22), em Cuiabá, após sete dias internado. Conforme a Polícia Civil, a vítima, identificada como Rafael Campos Barbosa Okamura, teve morte encefálica após sete dias internado. O suspeito, de 45 anos, passa a responder por homicídio qualificado. 

 O crime ocorreu na zona rural de Cotriguaçu (a 953 km de Cuiabá), região noroeste de Mato Grosso. De acordo com a Polícia Civil, a ocorrência foi tratada inicialmente como acidente. Contudo, depoimentos colhidos na investigação e análise de provas materiais apontaram que o disparo feito pelo pai contra o filho foi proposital. Os policiais apuraram, ainda, que o investigado apresentava um histórico de agressões contra a família.

Reprodução

À época da ocorrência, Rafael foi socorrido em Juína (a 734 km de Cuiabá) em estado gravíssimo, com um disparo na nuca e lesão na testa. Em seguida, ele foi transferido para Cuiabá, onde estava em uma unidade de tratamento intensivo.

 O suspeito se apresentou à unidade da Polícia Militar do Distrito de Nova União no dia do crime, entregou a arma e alegou que o disparo teria ocorrido acidentalmente, durante uma discussão com o filho. Na ocasião, ele foi detido em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Histórico de agressões

Buscas realizadas na residência do suspeito, semana passada, resultaram na apreensão de outra arma de fogo, um rifle de calibre 22, com cinco munições intactas, corroborando a suspeita de posse irregular de armas.

Testemunhas relataram um histórico de agressões do pai contra seus filhos e a esposa. Depoimentos colhidos pela Polícia Civil apontam que o investigado tinha um histórico de violência contra os familiares e já havia dito, quando comprou a arma de fogo, que o primeiro em que ele atiraria seria o filho Rafael.

Os relatos apontaram ainda que ele agredia filhos e a esposa com fio de ventilador, queimaduras, choques e que chegou a quebrar um prato na cabeça de um dos filhos, quando este tinha apenas cinco anos de idade.

Com base nos novos elementos coletados, a Polícia Civil concluiu que o disparo ocorrido na semana passada não foi acidental, desconsiderando a versão apresentada inicialmente pelo investigado, que chegou a pedir a um filho, menor de idade, e à esposa para que depusessem a seu favor na delegacia.

Paralelamente à investigação do homicídio, a Delegacia de Cotriguaçu instaurou outro procedimento para apurar as agressões cometidas pelo investigado contra os membros da família e ele poderá responder também pelo crime de tortura.

FONTE: RDNEWS

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